A Polícia Civil vai abrir um inquérito para investigar se foi mesmo um erro médico, a causa da morte de um paciente oncológico de 69 anos em Belo Horizonte. Ele foi a óbito após receber em um único dia, quatro fortes doses de um conquetel usado em sessões de quimioterapia. O organismo da vítima, que já estava debilitado em função da doença, não resistiu.
Nilton Araújo fazia tratamento no Hospital MedSênior, em BH. Na última segunda-feira (19), durante uma das sessões, um enfermeiro aplicou quatro doses de medicamentos quimiterápicos. A família relatou ao G1 que estranhou a quantidade, porque em geral, o paciente recebia apenas uma dose, mas o enfermeiro disse que aquela era a orientação do médico.
Com o passar dos dias, o paciente foi ficando com a saúde debilitada, chegando a ficar de cadeira de rodas. Três dias depois, precisou ser induzido a um coma, mas não melhorou. Na sexta-feira (23), Nilton Araújo não resistiu e morreu.
Para a família, houve erro médico e alega que antes da sessão de segunda, o paciente estava muito bem. Na quinta, quando foi induzido ao coma, os parentes registraram um Boletim de Ocorrência. O que as investigações vão apurar agora, é se houve erro na prescrição médica ou na conduta do enfermeiro, que se enganou ao interpretar o prontuário.
Em nota, o hospital MedSênior disse que “lamenta profundamente o ocorrido e informa que está conduzindo uma investigação detalhada sobre o caso do paciente Nilton Carlos Araújo, com o objetivo de compreender todas as circunstâncias envolvidas e apurar fatos e responsabilidades”.