Região Central: O Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), em Quixeramobim, realizou a primeira captação de coração feita na Regiao de Saúde, nesta segunda-feira (24). Além do coração, foram captados também fígado e um rim, todos de uma paciente. Esta foi a primeira tripla captação de órgãos de um mesmo paciente e a primeira captação de órgãos neste ano, no HRSC.
A família autorizou o procedimento junto à Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do hospital regional. Às 13h10 o órgão foi captado no HRSC. Às 14h20, a aeronave da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) decolou. A ação seguiu conforme os protocolos, que recomendam o transplante em até quatro horas após a captação do coração.
Para o cirurgião cardiovascular Daniel Trompieri, a realização do procedimento abre um novo caminho para novas capacidades de transplante no estado. “O início da captação de coração aqui no HRSC é um marco, e acredito que vá aumentar muito nossa capacidade de transplantes cardíacos no Ceará”, afirma. O cirurgião ainda destacou o protagonismo do HRSC. “Não são todos que possuem essa capacidade de equipe, logística, que permita a gente fazer isso. Vocês conseguem e isso é importante para a região”, explica.
A complexidade da iniciativa exigiu que 14 pessoas atuassem nos procedimentos. Além de Daniel Trompieri, a captação do coração foi realizada pelo médico Thomas Dominic e as enfermeiras Socorro Mendes e Maxueny Rodrigues, do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM). O rim e o fígado foram recolhidos por Vitor Teixeira, Gerlano Braga, médicos do Hospital Universitário Walter Cantídio, auxiliados pelos enfermeiros Leandro Régis e Maria Luíza. A equipe do HRSC foi composta pelo médico anestesiologista Igor Renan, e pelos enfermeiros, Milena Medeiros, Maria Ilma, Claudiana Castro e Ellen Maria.
Elisfabio Duarte, diretor administrativo do HRSC, lembra que a iniciativa garante a efetividade do papel a que se propõe o HRSC e a importância da doação de órgãos. “É muito gratificante viver esse momento onde nosso serviço participa de todo um processo de envolvimento e realização do sistema público de saúde do Estado”, ressalta.