Cerca de 24 horas depois de ter atendido um pedido do presidente da Câmara, Arthur Lira, e censurado reportagens onde Jullyene Lins, ex-mulher do parlamentar o acusa de agressão, o ministro Alexandre de Moraes voltou atrás e decidiu que as matériasm deveria permanecer no ar no YouTube.
O pedido para que as dois vídeos e duas matérias fossem retiradas do ar, foi feito pela defesa de Arthur Lira ao STF. Na terça-feira (18) Alexandre de Moraes aceitou o pedido, mas na quarta (19) reavaliou sua decisão e disse que os conteúdos poderiam permanecer no ar.
Entre os vídeos está o de uma entrevista de Jullyene Lins concedida à Folha de São Paulo, onde acusa Lira de agredi-la durante o tempo em que estiveram juntos e de usá-la como laranja. A entrevista foi em 2021. Uma matéria do Terra e outra do portal Mídia Ninja também foram alvo da medida de Moraes.
O pedido da defesa de Lira ocorre mediante os panos quentes em que o presidente da Câmara se vê envolto, após aprovar o regime de urgência da chamada PL do Aborto. A proposta tem causado polêmica a nível nacional e provocado rupturas na imagem institucional de Lira. Tanto que ele adiou para o segundo semestre as discussões da decisão através de um grupo técnico.