De acordo com estudos e projeções do setor agrícola, o Rio Grande do Sul produz cerca de 70% da safra de arroz que os brasileiros compram. De lá, produtores enviam arroz para vários estados. Como o território gaúcho foi afetado por uma crise climática, surge uma dúvida: vai faltar arroz? será preciso fazer racionamento do grão?
A resposta do Governo, de entidades de classe e de estudiosos da economia é taxativa: não devemos enfrentar problemas na compra e consumo de arroz. O presidente da Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, disse que não faltará arroz no mercado brasileiro.
De acordo com a Fedearroz o RS já tinha colhido 80% da safra estimada para este ano antes da enchente, e faltava apenas cerca de 17% a ser colhido. O que já foi retirado das lavouras está estocado em silos, mas alguns deles foram devastados pelas enchentes.
No Ceará o temor pelo racionamento do produto cresceu nos últimos dias, quando avisos em supermercados de Fortaleza começaram a ser publicados. Na rede Lagoa a venda está limitada a cinco pacotes de um quilo por CPF. A Associação Cearense de Supermercados disse, no entanto, que a situação nos demais supermercados está sob controle, e que não há restrição na quantidade de venda do produto por pessoa.
Para se precaver de uma futura crise, o ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro, disse que o Governo Federal autorizou a compra de um milhão de tonelada de arroz de produtores do Mercosul. Quando for comprado, o arroz será distribuído pelo governo para pequenos mercados, segundo o ministério.