O inspetor da Polícia Civil, também atuando como psicólogo, foi demitido da corporação após ser acusado de abusar do próprio sobrinho, uma criança de 11 anos, durante sessões de terapia. A demissão foi oficializada no Diário Oficial do Estado (DOE) na última terça-feira (7). O caso chocante aconteceu em Bela Cruz, no interior do Ceará, resultando na condenação do acusado a 15 anos de prisão, embora responda em liberdade.
O suspeito, casado com a tia da vítima, teria inicialmente recusado atender o sobrinho devido ao vínculo familiar. Entretanto, os pedidos da mãe da criança e da esposa o convenceram a prosseguir com as sessões, uma vez que o município apresentava escassez de clínicas psicológicas. As consultas seguiram entre 2019 e 2022, até que foram abruptamente encerradas pelo próprio psicólogo, sem explicação aparente, conforme relatado pela família.
A denúncia ganhou força quando a mãe percebeu mudanças no comportamento do filho, que incluíam acessos a conteúdos pornográficos. O menino revelou ter sido vítima de abusos nas sessões de terapia, afirmando ter recebido vídeos do psicólogo em seu celular. Após ser atendido por outros profissionais, foram constatados sinais de abuso e estresse pós-traumático. O acusado negou as acusações em depoimento, mas foi condenado a cumprir pena em regime fechado, além de ter seu registro profissional suspenso e ser obrigado a pagar indenização à vítima.