Cinco pessoas morreram afogadas em açudes no Sertão Central em abril deste ano

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Equipes de salvamento aquático do Corpo de Bombeiros (foto: divulgação/CBMCE)

Região Central: A água é traiçoeira. A sabedoria das antigas gerações, dita em forma de conselho a quem tentava se aventurar “ir pro fundo” durante um banho de lagoa, açude ou rio, nunca se mostrou tão verdadeira. Seis pessoas morreram no ano de 2024 durante banho em açudes no Sertão Central. Do total de casos, cinco foi apenas no mês de abril.

Em abril, mês em que muitos açudes do Ceará atingiram volume máximo como não visto há cerca de uma década, o número de casos disparou, foram cinco mortes num intervalo de duas semanas dentro do mês de abril. Os números foram contabilizados pelo Revista Central com base numa pesquisa de notícias na base de dados do site. São considerados apenas os casos nos 18 municípios que formam o Sertão Central.

O primeiro caso do mês ocorreu no dia 14 no município de MIlhã. A vítima de 37 anos demorou a voltar pra casa e familiares passaram a procura-lo. Ele foi achado já sem vida, boiando próximo a parede de um açude na zona rural. A suspeita é que o homem tenha ingerido bebia alcoólica.

Na manhã do dia 18 o corpo de Francisco Rodrigo Faustino Vieira, de 42 anos, foi encontrado dentro do açude Quixeramobim. Ele estava com outro homem pescando a noite, quando caiu dentro do açude e só foi encontrado no dia seguinte. Em Senador Pompeu foram dois casos: um no dia 21 e outro no dia 22, matando um homem de 42 anos no açude Patú. O caso mais recente foi no último fim de semana, em Milhã, matando um homem de 40 anos.

O primeiro registro de afogamento no Sertão Central este ano ocorreu em Pedra Branca, no dia 26 de março. A vítima tinha 53 anos.

Somente no ano passado 605 pessoas foram salvas de afogamento pelo Corpo de Bombeiros em todo o Ceará. Em 2022 tinham sido 39 casos a mais, totalizando 644 resgates. A coorporação que atua em resgates de corpos vítimas de afogamento dá algumas dicas: não nadar sozinho, especialmente se for próximo a correntesas; evitar usar álcool e drogas, conhecer a profundidade, correntezas, temperatura e outras condições da água antes de entrar e supervisionar crianças.