Quixeramobim: praticamente um ano depois de sangrar após um intervaloi de 12 anos de castigo pela seca, a barragem do Quixeramobim, principal fonte de abastecimento do município, voltou a sangrar. As águas começaram a verter pelo sangradouro ainda na madrugada.
Por volta de uma da manhã a água já escorria por uma das 14 rampas do sangradouro. O volume foi aumentando no decorrer da madrugada e desde às seis da manhã vem ficando cada vez mais forte.
O açude do Quixeramobim foi construído pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) em 1960, e possui a capacidade de 7,88 Milhões de m³. No dia 2 de abril de 2023 ele sangrou depois de 12 anos sem cheia, período em que o açude foi castigado pela seca.
No ano passado a sangria virou um espetáculo na cidade. A ponte da barragem, que serve de rota para veículos intermunicipais, ficou lotada. O movimento foi tanto que Quixeramobim mais parecia estar vivendo um daqueles climas semelhantes ao final de uma copa do mundo. Cenário bem diferente de agora: o movimento de curiosos na barragem era praticamente nulo no início desta sexta-feira (5).
A sangria do Quixeramobim vinha sendo aguardada com expectativa nos último dias. Com a cheia do Fogareiro, que desagua no reservatório que está sangrando agora, a esperança pela sangria ficou ainda maior. Na noite desta quinta-feira (4), a lâmina do açude apontava que restava 10 centímetros para ele atingir a cota máxima, o que aconteceu durante a madrugada.