O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com o apoio da Polícia Civil do Estado do Ceará, deflagrou na manhã desta terça-feira (05) a 11ª fase da Operação Gênesis, que visa cumprir mandado de busca e apreensão contra um integrante de facção criminosa que atua no bairro Alagadiço Novo, em Fortaleza. O alvo já foi denunciado à Justiça pelo MP, junto com outro membro da facção.
Nessa fase da investigação, foi revelada a participação de integrantes de distintas facções criminosas, com forte atuação no Ceará, principalmente em Fortaleza.
O mandado de busca e apreensão, expedido pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas, atende a pedido do Ministério Público visando a apreender instrumentos destinados a fim delituoso, descobrir objetos necessários à prova de infração, bem como colher elementos de convicção em torno dos fatos investigados.
A “Operação Gênesis” foi deflagrada pela primeira vez em 2020 com o objetivo de apurar a ação de grupos ligados a organizações criminosas, responsáveis pelo tráfico de drogas e armas, roubos e homicídios na capital cearense e Região Metropolitana. Até agora, já foram expedidos 104 mandados de prisão preventiva, assim como 138 mandados de busca e apreensão nas 11 fases.
Investigação
Com apoio da Coordenadoria de Inteligência (COIN), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS), o MPCE identificou, durante as investigações, o envolvimento de traficantes com policiais, que se estruturaram de forma organizada para realizar vários crimes.
A organização criminosa era integrada, em sua maioria, por agentes e ex-agentes de segurança pública do Estado, além de pequenos e médios traficantes locais. Juntos, eles praticaram uma série de infrações penais, notadamente os crimes de extorsão, organização criminosa, comércio ilegal de arma de fogo e outras condutas correlatas.
Os alvos dos policiais eram cuidadosamente escolhidos entre traficantes com considerável poder aquisitivo ou que já tinham alguma passagem pela polícia, o que facilitava as exigências, as abordagens e o alcance das vantagens almejadas pelo grupo. Os agentes públicos tinham acesso ao sistema de informações da Polícia para selecionar as “vítimas” e planejar as ações.