A justiça declarou que são inocentes, dois homens que estava presos de forma preventina já há oito anos, acusados de participarem da morte de três policiais militares no ano de 2016, em Juatama, distrito de Quixadá. A filha de um dos acusados tornou-se advogada depois de alegar que o pai sofria com a acusação mesmo sendo inocente, e atuou no julgamento ao lado da defesa.
O julgamento aconteceu este mês, no tribunal do júri da 4ª vara da comarca de Fortaleza. Fábio Oliveira Rabelo e Fábio Jandson foram declarados inocentes, após ausência de provas e um alvará de soltura foi expedido. A Justiça também pediu que os familiares dos policiais mortos fossem comunicados da decisão.
A defesa de Fábio Oliveira e Fábio Jadson foi feita pelo advogado Talvane Moura. Na versão do advogado, de acordo com o site Direito News, o relatório final da investigação, produzido à época pela delegada Ana Claudia Nery, ” incluiu informações falsas de reconhecimento por testemunhas”.
Ana Cláudia chegou a ser investigada e afastada das funções de delagada anos mais tarde, após ser alvo de uma investigação interna pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) que apurava sua conduta enquanto delegada.
Entre os pontos levantados pela defesa estava o relato dos policiais sobreviventes do confronto. “Eles afirmaram que os agressores utilizavam balaclavas, camisas de mangas compridas, luvas e calças, ocultando completamente suas identidades, o que tornava qualquer reconhecimento impossível”. A defesa comprovou também que uma das testemunhas alegou ter sido ameaça a coagida a depor para a Justiça, afirmando que Fábio e Jandson tinham participação no crime, mesmo sem ter a certeza.
O crime foi registrado no dia 30 de junho de 2016, no distrito de Juatama. De acordo com a investigação, o grupo teria cruzado com policiais militares no distrito de Juatama. Houve um confronto e na ocasião o sargento Francisco Guanabara Filho, o cabo Antônio Joel de Oliveira Pinto e o soldado Antônio Lopes Miranda Filho terminaram mortos.