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Uma mulher de 45 anos foi indiciada pela Polícia Civil de Quixadá por suposta prática de crime de injuria racial. A vítima de 39 anos relatou em um Boletim de Ocorrência que uma discussão entre mulheres foi chamada de “nega macaca” e sequer estava participando das desavenças.
Por outro lado, a autora alega que sua filha foi chamada de rapariga pela vítima e nega que tenha proferido crime de injúria racial, no entanto, uma testemunha afirmou em sede policial que a mulher teria dito contra a vítima a seguinte frase: “você fica a noite inteira fofocando com essa nega macaca”.
Para a delegada Anarda Pinheiro Araújo, não resta dúvida no tocante à materialidade do crime, dada os depoimentos da vítima e das testemunhas. “A indiciada nega todo o fato, mas todos os elementos convergem ao seu nome como autora do fato criminoso”.
A Lei nº.7.716/89, pune com penas de 2 a 5 anos e multa a quem injuriar alguém em razão da raça, cor e técnica. O processo será enviado ao Ministério Público Estadual para, caso queira ajuizar a ação penal.
A cada dia que passa cresce o número de vítimas que sofrem com o crime do racismo e de injúria racial, nas ruas, nos campos de futebol, nas escolas e principalmente nas redes sociais, que se tornou o maior ponto de encontro entre pessoas que compartilham interesses em comum. E por acharem que a internet é uma terra sem lei, agridem com palavras de baixo calão, ofendendo uma pessoa ou um grupo de pessoas, por sua cor, religião, oposição sexual etc.