Mais uma prefeitura do interior do Ceará entrou na mira do Ministério Público Estadual (MPCE), em função de gastos com contratação de bandas e atrações para o carnaval de 2024. Para o órgão, existe excesso de gastos investidos em shows. Desta vez foi o município de Moraújo quem virou alvo de uma ação. O MPCE requereu que a prefeitura não realize os shows marcados para o Carnaval 2024.
O pedido foi feito na última sexta-feira (2) pela promotora promotora de Justiça Silvia Duarte Leite Marques, da Promotoria de Justiça Vinculada de Moraújo. O MP argumenta que a gestão municipal alegou, em outras ocasiões, não possuir recursos financeiros suficientes para arcar com os gastos básicos em saúde, educação e infraestrutura, por exemplo, mas agora pretende investir alto na folia.
De acordo com informações recebidas pela Promotoria, a festa de Carnaval de Moraújo teria apresentações de artistas de expressão nacional com altos custos aos cofres públicos. Jonas Esticado deve receber da gestão R$170 mil, enquanto Toca do Vale fará um show por um cachê de R$ 150 mil. Mirella e Leno cobraram R$50 mil e Zé Cantor fará um show pelo preço de R$85 mil.
Pesaram na decisão do MPCE denúncia de que a prefeitura enfrenta uma superlotação da folha de pagamentos com a contratação de temporários, e estaria sendo omissa na prestação de serviços necessários aos pacientes através da Secretaria de Saúde.
Um ofício foi enviado ao município na última sexta-feira, que teria 72 horas para confirmar se iria acatar a recomendação, ou não. Caso descumprisse, o MPCE disse que aplicaria as medidas previstas.