Quixadá: 11 Mandados de Busca e Apreensão deferidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, da Justiça Federal, foram cumpridos pela Polícia Federal em Quixadá e outros quatro municípios cearenses, mais a Capital. A ação faz parte da “Operação Acrasia”.
A investigação federal apura a existência ou não, da concessão de posse ou porte ilegal de arma de fogo a servidores públicos nestes municípios, e também a guardas municipais. O nome da operação remete ao termo usado pelo filósofo Aristóteles para se referir à relação dos homens em conflito entre o desejo e a razão.
Ao todo foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em Quixadá, Boa Viagem, Aracati, Itaitinga, Irauçuba e Fortaleza. Mais cedo o G1, portal de notícias da TV Globo, disse que tinham sido apreendidas armas em Quixadá, Boa Viagem, Aracati e Irauçuba, mas a informação não foi confirmada pelo Revista Central. A própria Polícia Federal não declara ter apreendido armas no release oficial enviado, há pouco, para a imprensa.
Embora veículos de imprensa tenham noticiado com base em detalhes fornecidos pela PF sobre a apreensão em Quixadá, uma fonte ouvida pelo Revista Central durante a operação, disse que “em Quixadá não foi nada apreendido”, mas confessou que “fica o desgaste”.
Em nota, a Prefeitura de Quixadá confirmou que “No município, as equipes da Polícia Federal estiveram na sede da Guarda Civil Municipal, onde foram recebidas pelo Secretário Armstrong Braga. No local, não foram encontradas nenhum tipo de irregularidade durante as buscas”, e ressaltou que “a operação não apura nenhum tipo de irregularidade ou ato ilícito cometido pela atual gestão, se restringindo apenas a investigação que acontece de forma paralela em outros municípios do Estado do Ceará”.
Bem cedo, logo que uma viatura da PF foi vista estacionada próximo a Rodoviária de Quixadá, começaram a circular informações desencontradas sobre a real intenção dos agentes. Em uma das versões, houve a tentativa de atrelar a operação contra irregularidades na administração pública. Embora a Guarda Civil Municipal seja veiculada à gestão, a Operação se restringiu apenas a investigar o porte de arma por parte de guardas municipais.
Nos municípios alvos da investigação, a Polícia Federal aponta indícios de que os funcionários públicos praticaram os crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e usurpação de função pública, pois a habilitação para o porte do armamento só pode ser concedida pelo órgão nacional.