Justiça condena homem a quase 17 anos por matar o próprio irmão em Choró

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O réu Marcelo Maciel matou o próprio irmão Paulo Neto Maciel em 2017 (foto: arquivo RC)

O réu Marcelo Maciel Rodrigues denunciado pelo Ministério Público do Estado do Ceará como autor de um crime de homicídio foi julgado e condenado pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Quixadá. Ele matou o próprio irmão Paulo Neto Maciel de Oliveira -v. Eto (tinha 37 anos), com golpes de punhal no dia 25 de outubro de 2017, no Sítio Piemont, zona rural de Choró.

O crime teria ocorrido durante discussão em bebedeira onde os dois chegaram as vias de fato e o autor sacou a arma branca e atingiu seu irmão. Ele fugiu para Fortaleza, mas foi preso no mesmo dia do crime e encontra-se preso até então, seis anos após o delito.

No dia 11 de novembro, Marcelo Maciel foi julgado pelo Tribunal do Júri que o considerou culpado. O juiz Welithon Alves de Mesquita, fixou a pena em 16 anos e 6 (seis) meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, que destacou que “o condenado é de má índole, com temperamento agressivo, e insensível ao sofrimento alheio. Com efeito, o que se desume é que o caráter do acusado denota desprezo das obrigações sociais, falta de empatia e desvio considerável entre o seu comportamento e as normas sociais estabelecidas, destacando-se que as experiências adversas não modificaram seu comportamento.”

 O juiz cita ainda que o crime causa revolta, “visto que o mesmo esfaqueou seu próprio irmão”, e não concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade, “uma vez que não é razoável nem jurídico, manter solto um réu que foi soberanamente julgado culpado pelo Tribunal do Júri”. O magistrado Welithon Alves acrescenta que a conduta praticada pelo criminoso concretamente grave, eis que demonstra tratar-se de pessoa que não revela sentimento de solidariedade e respeito à integridade física e à vida dos seus semelhantes, tendo matado o seu irmão, sem nenhum temor à ação repressora dos órgãos de segurança pública e da própria Justiça, causando intranquilidade no meio social.

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