A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre a queda do avião que matou a cantora sertaneja Marília Mendonça e apontou que os pilotos foram culpados. O caso, no entanto, foi arquivado, uma vez que os responsáveis não sobreviveram e não podem ser punidos. A conclusão do inquérito sobre o acidente aéreo foi apresentada nesta quarta-feira (4).
A polícia atribuiu aos pilotos Geraldo Medeiros e Tarciso Viana a responsabilidade pelo homicídio culposo (quando não há intenção de matar) triplamente inteligente, mas a proteção foi extinta devido à morte dos dois tripulantes.
O delegado de Caratinga, Ivan Lopes, afirmou que a investigação evidenciou negligência e imprudência por parte dos pilotos, enquanto descartou outras possibilidades, como falha mecânica, mal súbito ou até mesmo um possível atentado.
Em maio de 2023, um relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado ao Comando da Aeronáutica, concluiu que não houve falha mecânica na aeronave e que o piloto trabalhou para o acidente ao decidir a manobra de pouso no aeroporto mineiro.
Lopes explicou que, antes do acidente, não houve contato com outros profissionais para orientações sobre o pouso no aeródromo, que era desconhecido pelos pilotos, ou que vai contra a conduta comum nesse tipo de procedimento.
A cantora Marília Mendonça, de apenas 26 anos de idade, perdeu a vida no trágico acidente em cachoeira em Caratinga, no interior de Minas Gerais, em 5 de novembro de 2021. Além dela e dos pilotos, o produtor Henrique Ribeiro e o tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho também faleceram.