A edição mais recente do Relatório de Segurança de Barragens mostrou que 18 açudes do Ceará encontram-se em situação de risco, por conta de anomalias detectadas durante as inspeções de segurança, e que por essa razão necessitam de máxima urgência das ações de recuperação.
O dado é um dos destaques do Relatório, que é produzido anualmente pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) em parceria com a Agência Nacional das Águas (ANA). A edição divulgada no final do mês passado traz os dados relativos ao ano de 2022.
Segundo a Cogerh, para 2022, foram classificadas ao todo 89 barragens com necessidade de recuperação. 42 com prioridade mínima de recuperação, 29 com prioridade média e 18 com prioridade máxima. As barragens com nível de priorização máximo foram: Acarape do Meio, Batente, Caldeirões, Diamante, Jaburu I, Madeiro, Maranguapinho, Olho d’Água, Pau Preto, Penedo, Poço Verde, Potiretama, Rivaldo de Carvalho, São Domingos, São José II, São José III, Trapiá II e Trapiá III.
De acordo com o relatório, em 2022 foram realizadas 267 inspeções de segurança regular em 157 barragens. Foram identificadas 1820 anomalias, as quais 1123 com magnitude grande. A Cogerh não detalha mas diz que nos açudes do Sertão central, onde está situada a Bacia do Banabuiú, foram encontrados mais de 200 anomalias.
Embora possa assustar um pouco, as anomalias muitas vezes são problemas comuns que impedem que as águas fluam pelo verteduro, como árvores no sangradouro, erosão no contreto, e na estrutura das barragens em si, são encontrados problemas como sequência coroamento, talude de jusante, estrutura de saída e infraestrutura operacional.
O documento busca apresentar à sociedade o cenário da segurança de barragens e um panorama da evolução da segurança das estruturas sob responsabilidade da Cogerh. Além disso sinaliza quantas e onde estão as barragens que apresentam algum comprometimento da sua segurança com suas respectivas ações recomendadas.