Acusados de matar quatro pessoas em ritual macabro para ganhar na Mega-Sena são condenados

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Ossada foi achada em local onde suspeitos realizavam rituais macabros, diz polícia — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Dois indivíduos acusados de cometerem uma série de assassinatos em Iguatu, interior do Ceará, foram condenados por um tribunal nesta terça-feira (26). Segundo a investigação da Polícia Civil, os réus mataram quatro pessoas após atraí-las para uma região na zona rural da cidade. O motivo chocante? Realizar um ritual macabro que, acreditavam, lhes garantiria o prêmio máximo da Mega-Sena.

Gleudson Dantas Barros e Roberto Alves da Silva foram condenados por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Gleudson recebeu uma sentença de 19 anos, 4 meses e 15 dias em regime fechado, enquanto Roberto foi sentenciado a 18 anos, 5 meses e 15 dias de prisão.

Ambos já haviam sido condenados em dezembro de 2021 pela morte do estudante Jheyderson de Oliveira Chavier, encontrado em uma cova. A Polícia Civil concluiu que a dupla não parou por aí, sendo responsável por mais três mortes da mesma forma brutal.

De acordo com as investigações, os acusados atraíam suas vítimas para um sítio, onde realizavam um ritual macabro e, posteriormente, efetuavam um disparo fatal na nuca. Um dos condenados admitiu ter aspirações de adquirir “poderes divinos”, mulheres e “capacidade para desafiar qualquer um”, revelou o delegado Marcos Sandro Lira na época.

O corpo do estudante Jheyderson foi descoberto próximo à residência de Roberto Alves, conhecida pelos investigadores como “Casa da Morte”, devido aos rituais macabros que ali ocorriam, segundo o Ministério Público do Ceará. Além das acusações de homicídio, Roberto também foi sentenciado por posse ilegal de arma de fogo.