Uma operação da Polícia Civil prendeu, na madrugada desta quinta-feira (4), o chefe de um grupo criminoso do tráfico de drogas com atuação nos estados de Mato Grosso, Distrito Federal, Tocantins, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A prisão ocorreu em uma mansão avaliada em R$ 2,5 milhões em Juazeiro do Norte, a 491 km de Fortaleza.
Segundo a polícia, o homem é natural de Potengi, na Região do Cariri, e com ele foram apreendidos carros de luxo, relógios, joias e roupas de marca. Durante a investigação, a polícia descobriu que o grupo é suspeito de lavagem de dinheiro e está envolvido no transporte de grandes volumes de cocaína da região de fronteira até o Distrito Federal.
Policiais afirmaram que em “um curto período” o suspeito movimentou R$ 3,5 milhões. A investigação demonstrou que a organização criminosa é hierarquizada e capitalizada, com atuação comprovada em diversos estados.
Entre os bens apreendidos estão a mansão do suspeito, veículos de luxo que somam R$ 4 milhões, dinheiro em espécie, joias e itens de ouro.
Movimentação milionária
A polícia afirmou que a operação começou em dois anos e descobriu grande movimentação de dinheiro nesses estados. Ainda de acordo com a polícia, a organização tinha empresas de fachada nos estados de Tocantins e Minas Gerais e todo o dinheiro passava por elas.
São cumpridos 80 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão temporária. Houve também bloqueio de dezenas de contas bancárias (com sequestro judicial de valores em conta), de cinco imóveis e de 20 veículos de luxo.
Homicídios
Recentemente, o suspeito foi condenado por integrar organização criminosa no Distrito Federal, resultado da operação judas do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DECOR/PCDF). Segundo a polícia, ele é responsável pela prática de vários delitos, tais como tráfico de drogas e armas de fogo, além de homicídios nas regiões do Riacho Fundo, Recanto das Emas, Samambaia, Ceilândia e Taguatinga.
Ainda segundo a polícia, o principal investigado já havia sido preso em Brasília quando ainda era um traficante mediano e atuava como batedor de carregamentos de drogas.
Em 2013 foi preso com mais de mil comprimidos de “ecstasy” e condenado com outros 4 traficantes por tráfico e associação para o tráfico. Conforme constou da sentença condenatória, “os investigados se associaram para praticar tráfico ilícito de drogas interestadual. Eles atuavam na compra, venda, transporte, armazenagem e distribuição de drogas entre “Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e o Distrito Federal, notadamente cocaína e drogas sintéticas”.
Com informações do G1