As chuvas podem até ter dando uma trégua por essas bandas, mas isso não tira a alegria de se constatar um dado relevante para o cearense: o mês de maio inicia com a marca de 67 açudes sangrando. É esse o último número atualizado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
Essa é marca mais expressiva já alcançada em termos de números de açudes com cota de sangria. Até então, o número maior era o de 63 açudes, mas outros quatro passaram a sangrar nos últimos dias fazendo esse total aumentar.
Conforme a atualização do Portal Hidrológico do Ceará, existem 14 açudes que já acumularam acima de 90% de sua capacidade, e por isso podem entrar em sangria a qualquer momento, caso as recargas advindas das chuvas ou aportes de outros açudes, contribuam para esse cenário.
Na última semana o Revista Central já mostrou que o número de açudes sangrando na Bacia do Banabuiú chega a sete, é um total expressivo se comparado com dois anos atrás, quando a mesma bacia era uma das mais secas e ainda a que possuía o maior número de reservatórios secos.
Ao todo, de acordo com a Cogerh, 70 açudes já sangraram esse ano. As boas chuvas que caíram no Estado ajudaram a encher reservatórios que não enchiam há mais de uma década. Foi o caso dos açudes Quixeramobim, São José III, em Ipaporanga, Desterro, em Caridade, e Vieirão, em Boa Viagem, só para citar alguns exemplos.
O diretor de Planejamento da Cogerh, João Lúcio Farias, analisa que o cenário é melhor, se comparado a anos anteriores, e reforça a necessidade de continuar economizando água, “Não podemos perder de vista o hábito de economizar água, visto que não sabemos como será a próxima estação chuvosa”, explicou.