Barragem de Quixeramobim já está sangrando há mais de um mês

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Antes seco, município registrou chuvas capazes de encher a barragem (Foto: Rede Social)

Quixeramobim: A barragem do município de Quixeramobim já está há mais de um mês sangrando. O dado otimista só reforça o que muitos percebem a olho nú: o inverno de 2023 trouxe ao município uma boa recarga e a segurança hídrica, um problema que sempre vinha à tona na vida do quixeramobiense antes de 2023, toda vez que ele precisava ligar a torneira.

Conforme a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) o reservatório acumula 100% de sua capacidade desde o último dia 3 de abril, quando as primeiras lâminas d’água começaram a verter pela rampa de concreto da barragem. Desde então o açude não parou de sangrar.

De acordo com os dados da Cogerh fazia 12 anos que o açude de Quixeramobim não atingia sua cota máxima. Em 2018 as chuvas quase fizeram a sangria acontecer e faltou poucos centímetros para que o reservatório enchesse até atingir sua capacidade máxima.

Se cinco anos atrás faltou pouco para sangrar, em 2023 o fenômeno ocorreu de forma tão rápida que se torna até difícil de acreditar, o Quixeramobim foi de completamente seco à completamente cheio em apenas 17 dias. Ele estava com pouco mais de 1% de água no dia 17 de março, e sangrou no dia três de abril.

O acontecimento despertou tanta alegria da população que a parede da barragem mais parecia estádio em dia de jogo de Copa do Mundo: o local ficou lotado de curiosos que vibraram quando as primeiras águas desceram pelo sangradouro. A Prefeitura de Quixeramobim teve que acionar as equipes de trânsito e esquema de segurança para não interferir no tráfego de veículos e garantir a segurança dos curiosos.

O Quixeramobim é apenas um entre os 67 reservatórios que estão ou que já sangraram neste inverno de 2023. Conforme os dados da Cogerh, até essa semana, outros 14 açudes estavam com mais de 90% de acumulado e podem sangrar a qualquer momento. Outro no município que também está sangrando é o Fogareiro, importante para a cheia de outros açudes da Bacia do Banabuiú.