O grupo de contingência organizado pelo Governo do Ceará para monitorar a situação hídrica de municípios cearenses se reuniu na manhã desta sexta-feira (31). Inicialmente criado para debater ações de mitigação dos efeitos das secas, o grupo tem servido para monitorar a situação de cidades afetadas pelas chuvas.
Uma das principais medidas adotadas pelo Governo do Ceará será o pagamento de aluguel social para famílias desabrigadas ou que morem em áreas de risco. Sandro Camilo, secretário de proteção social, alertou os gestores para a importância da declaração de situação de emergência ou estado de calamidade.
“Deve ser publicado no Diário Oficial a Portaria que regulamenta as ações do Estado e desburocratiza e garante a chegada de recursos o mais rápido possível”, apontou.
Além da SPS, participaram do encontro diversos órgãos como Secretaria de Recursos Hídricos, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Superintendência de Obras Públicas (SOP), Cagece, Sohidra, Funceme e Cogerh.
Preocupados com a situação de seus municípios, prefeitos de todas as regiões compareceram à reunião que ocorreu na Sede do Governo, em Fortaleza. Estiveram presentes os gestores de Pedra Branca, Mauriti, Altaneira, Porteiras, Milagres, Guaramiranga, Groaíras, Missão Velha, Umirim, Piquet Carneiro, Itapajé, Senador Pompeu, Milhã, Irapuã Pinheiro, Uruburetama e Itapipoca.
Maurício Pinheiro, prefeito de Senador Pompeu, lamentou os prejuízos que se acumulam diariamente. “A bovinocultura leiteira é o forte da nossa economia, mas estamos perdendo diariamente, em virtude das estradas terem sido cortadas pelas águas, mais de 50 mil litros de leite. É um prejuízo muito grande para nossos produtores”, lamentou, reconhecendo que em nenhum momento a população ficou desamparada.
“Nossa cidade passou por um grande susto com o forte volume de chuvas em um curto espaço de tempo. Graças a Deus não ficamos desamparados e recebemos, inclusive, a visita do governador e apoio da Ciopaer, Defesa Civil, Bombeiros e Proteção Social”, reconheceu o prefeito.
O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Haroldo Gondim, também alertou os municípios para a importância da presença de uma coordenadoria municipal de Defesa Civil. “É muito importante a figura do coordenador municipal de Defesa Civil para atuar na prevenção, mitigação e preparação para algum desastre”.
Gondim relata que a partir da coordenadoria local são realizados os mapeamentos de risco e elaborados os planos de contingência. “Portanto, é de suma importância que as prefeituras coloquem dentro do seu plano diretor, da sua legislação, as diretrizes da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil”.