Na maioria dos povos, desde as mais remotas épocas, o ovo é símbolo de nascimento e ressurreição. O coelho, por sua vez, era adorado como símbolo de fertilidade no Antigo Egito. Não foi difícil escolher um símbolo que fosse popular e facilmente reconhecido.
Diz a lenda que Simão, o cirineu que ajudou Cristo a carregar a cruz até o calvário, era vendedor de ovos. Ao voltar para casa, após a crucificação na sexta-feira da Paixão, teria percebido que os ovos que vendia estavam milagrosamente coloridos.
Há várias hipóteses, entre religiosas e históricas, para explicar essa tradição. Uma delas vem do Oriente, onde ovos eram embrulhados com cascas de cebola e cozidos com beterraba para ficar coloridos. Os cristãos teriam se inspirado neste costume e o consagraram como lembrança da ressurreição de Jesus.
Mas a transformação de chocolates em formato de ovos teria surgido pela primeira vez no século 18, a partir do desenvolvimento da indústria de alimentos na Europa.
Com texto de Cristiana Felippe, da Revista das Religiões, e Jorge Otávio Fonseca, da Superinteressante