A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 30, uma operação contra atos antidemocráticos no Ceará.
A 12ª Vara da Justiça Federal expediu 32 mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos em oito municípios do estado: Fortaleza (21), Maracanaú (3), Imperatriz (2), Itaitinga (1), Caucaia (1), Pacajus (1), Tauá (1), Brejo Santo (1). Até o momento da investigação, foram encontrados notebooks, celulares, armamento sem registro e documentação contábil.
A operação, realizada com o apoio do Ministério Público Federal (MPF) e denominada “Impávido Colosso”, em referência a um trecho do hino nacional, conta com a atuação de 140 policiais federais.
De acordo com a PF, a partir de informações da Polícia Rodoviária Federal do Ceará (PRF), a investigação apontou os líderes, financiadores e organizadores da manifestação contra instituições democráticas realizada na BR-116, em Fortaleza, entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro de 2022, além da manifestação feita na avenida Alberto Nepomuceno.
Operação contra atos antidemocráticos no Ceará: suspeitos podem ser penalizados?
As investigações continuam para delimitar os autores dos crimes a partir da análise do material apreendido e do fluxo financeiro dos envolvidos.
Os suspeitos podem responder, em tese, pelos crimes de associação criminosa e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais, com penas de até três anos de prisão, sem prejuízo da descoberta de outros crimes mais graves praticados a partir do material apreendido.
A operação Impávido Colosso é um desdobramento no Estado da operação “Lesa Pátria”, deflagrada de forma permanente para investigar atos contra a democracia em todo o País.