Nova gestão da Petrobras quer interromper privatização e reabrir usina da PBio de Quixadá, diz jornal

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Usina da Petrobrás Biocombustível em Quixadá em 2016; pouca movimentação dava sinais do fechamento (Foto: SVM)

Quixadá: A Petrobrás deverá desistir de vender a Petrobras Biocombustíveis (PBio) e retirar a subsidiária dos planos de privatização. É o que revelou reportagem do jornal O Estado de São Paulo. Os planos da estatal soba nova direção de Jean-Paul Prates é voltara a postar no setor Bio. Se isso acontecer unidades que hoje estão paradas podem voltar a funcionar e gerar empregos, como a unidade a PBio de Quixadá.

De acordo com o jornal, Jean-Paul vê no setor de biocombustíveis um dos pilares de estratégia para a nova gestão da Petrobras. Desde o governo Temer as usinas de biocombustível da estatal sofreram impactos de desvalorização. Lula, em sua nova gestão, tem planos de reativar o setor.

Na prática isso significa que o plano de privatizar as unidades da PBio pelo País, incluindo a de Quixadá, estão suspensas. Se antes havia o plano de vender a unidade, agora a gestão de Jean-Paul Sartre quer voltar atrás. “!Uma fonte próxima a Prates, diz que todos os processos de venda de ativos da Petrobras serão, no mínimo, paralisados para reavaliação. Mas alguns devem ser extintos logo. Esse será o caso das refinarias e da Pbio”, informou o Estado de São Paulo.

Especialistas no comércio de gás e petróleo avaliam como extremamente positiva a medida. Para esses avaliadores, a retomada do setor Bio de combustíveis iria trazer incremento na agricultura familiar, fortalecer uma imagem positiva para a Petrobras de uma empresa preocupada com a sustentabilidade, e de quebra, gerar mais emprego e renda ao reabrirem as unidades da PBio que hoje estão fechadas.

Fundada em 2008, a Pbio foi por anos uma das maiores produtoras de biodiesel do País. Tem usinas capazes de processar óleo de soja, algodão, palma, gordura animal e óleos residuais. A variedade tenta aproveitar a dinâmica sazonal dos preços de cada matéria-prima. A operação caiu a partir de 2016. Foi quando houve, inclusive, a “hibernação” (paralisação) da usina de Quixadá (CE).