Açudes do Ceará começam 2023 com mais de 30% de volume acumulado, mas Bacia do Banabuiú tem apenas 9%

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Açude Angicos, um dos que possuem maiores acumulados no Ceará (Foto: divulgação Cogerh)

O Ceará vive uma situação hídrica confortável em relação aos anos anteriores de grandes secas. O ano de 2023 iniciou com mais de 31% de aporte hídrico acumulado nos 157 açudes monitorados pelo Estado do Ceará, o que representa um total de 5,78 bilhões de m³ de água acumulada. É o maior acumulo dos últimos anos, que registraram em 2022 – 21,10%; 2021 – 24,98% e 2020 – 14,42%.

Quando analisado por região, o aporte hídrico é mais satisfatório nas regiões do Coreaú, Acaraú, Serrá da Ibiapaba, Litoral, Região Metropolitana e Baixo Jaguaribe, que tem um aporte de 73,4%. Na contramão dos grandes aportes se encontra as regiões do Médio Jaguaribe, Sertões de Crateús e Banabuiú, que possui o menor acumulado do Estado, com apenas 9,9%.

Atualmente existem 3 açudes com mais de 90% de acumulação (Aracoiaba, Caldeirões e Rosário) e 1 açude em sangria (Germinal, em Palmácia). O volume total dos açudes cearenses não atingia uma posição tão confortável desde 2013, conforme a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Em 2022, o açude Orós, um dos três maiores do Estado, chegou a 50% de aporte, o maior número desde o ano de 2014. A quadra chuvosa deste ano também possibilitou uma boa recuperação do açude Castanhão. O reservatório hoje registra marca de 17,79% de volume, o que representa um volume de 1.326,11 hm³. Outro destaque no ano de 2022 foi a Região Metropolitana de Fortaleza, que atingiu 100% de aporte em seus reservatórios, excluindo a necessidade de transferência de água do Açude Castanhão para a Grande Fortaleza.