Quando uma quadrilha explode um banco em uma cidade, toda uma economia fica prejudicada. É o que está acontecendo no município de Ipu, na reta final do ano, período mais aguardado por comerciantes e lojistas, o município assiste a uma baixa na economia em função da agência estar sem funcionar.
No dia 8 de dezembro criminosos sitiaram a cidade nas primiras hora da madrugada e explodiram a única agência do Banco do Brasil. Armados com arsenal de grosso calibre, os criminosos cercaram o Centro do município, dispararam contra o destacamento militar e puseram abaixo parte do prédio da agência na tentativa de detonar um caixa eletrônico.
Mas, de acordo com informações da Perícia Forense do Ceará, publicadas essa semana pelo jornal O Povo, os bandidos não conseguiram levar nenhuma quantia em dinheiro, deixando apenas um rastro de prejuízo na economia local.
É que as vendas para o comércio em geral aumentam significativamente no final do ano, um dos periodo que costuma ser mais aguardado pelos lojistas. Os trabalhadores e funcionários públicos movimentam o dinheiro quando a agência funciona, sem uma unidade funcionando no município, eles são obrigados a viajarem até as cidades vizinhas e fazerem s saques por lá, aportando o dinheiro nas compras em outros municípios.
A movimentação no comércio de Ipu está sendo alvo de intensas reclamações nas redes sociais nas últimas semanas. Os comerciantes pedem que o Banco do Brasil resolva a situação o mais rápido possível, e pediram mais reforço na segurança para evitar que novas ações ocorram e o comércio volte a ser golpeado por um prejuízo.
Esse foi o primeiro ataque a uma agência bancária no Ceará este ano. A contabilidade é feita pelo sindicato dos bancáriosdo Ceará. Mas em anos anteriores o número de ações era alarmante, e esse cenário de caos na economia, passou a ser corriqueiro em alguns municípios. Foram tempos difíceis.
A explosão de agências é uma peculiaridade de um tipo de quadrilha que se especializou nessa modalidade de crime pelo Brasil, e que passou a ser chamada pelas autoridades em segurança pública de novo cangaço. O grupo ataca agências bancárias utilizando-se de armamento pesado, que são utilizados contra as forças de segurança local, e explosivos para detonar os cofres.