Pelo menos 21 pessoas que participavam dos atos promovidos no Ceará, pelo grupo pró Bolsonaro que pede a anulação do resultado das eleições deste ano, foram identificadas. Os nomes foram descobertos depois que a Secretaria de Segurança Pública do estado infiltrou agentes disfarçados de militantes nas manifestações.
As informações foram divulgadas pelo jornal Diário do Nordeste. Os envolvidos foram identificados a partir da placa dos veículos que eram utilizados nas manifestações. Conforme o jornal, os carros pertenciam a empresários do ramo agro, da construção civil, do setor de vestuário e de alimentação. Entre os nomes estão ainda um policial penal e um policial militar.
Os suspeitos foram descobertos por homens da Coordenadoria de Inteligência da SSPDS-CE, que estavam participando dos atos, infiltrados como militantes. O disfarce era apenas uma estratégia para se integrar ao grupo e de dentro, descobrir quem estava por trás das ações.
As manifestações aconteceram em Fortaleza, no dia primeiro de novembro, quando os manifestantes paralisaram a BR-116, e nos dias 2 e 3 de novembro, em frente ao Comando da 10ª Região Militar no Centro. No interior os atos foram registrados em Tianguá, em Juazeiro do Norte e em Aracati.
Em todos eles a Coordenadoria de Inteligência disse que não foi possível identificar quem seriam as lideranças dos atos. O relatório com a relação dos envolvidos será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).