Edmilson Freire da Silva, 59 anos, virou réu após a Justiça do Ceará aceitar denúncia feita pelo Ministério Público. Ele é acusado de assassinar, com golpes de faca, um homem em um bar de Cascavel, na Região Metropolitana de Fortaleza. Antes do assassinato, o acusado teria perguntado “Quem é Lula aqui?”, e discutido com a vítima por divergência política. O crime aconteceu no dia 24 de setembro.
A 1ª Vara da Comarca de Cascavel acatou a denúncia, que qualifica o homicídio como causado por motivo torpe. A denúncia foi ofertada pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Cascavel e a Justiça recebeu a peça na última quinta-feira (20).
O MPCE explica que, conforme as investigações, o denunciado e a vítima estavam em um bar localizado no distrito de Guanacés, quando iniciaram uma discussão. A desavença evoluiu para uma briga e, em determinado momento, o investigado desferiu golpe de faca na vítima, ocasionando a morte dela.
O inquérito policial indicou que a vítima não possuía antecedentes criminais ou algo que a vinculasse à criminalidade. Ficou evidenciado que o crime teve motivação política, pois os envolvidos teriam preferências político-partidárias antagônicas.
O crime
Edmilson foi preso no dia 26 de setembro, dois dias após o crime. Conforme fontes ligadas à investigação, testemunhas informaram que o suspeito chegou ao bar acompanhado da esposa, perguntando “Quem é Lula aqui?”.
Relataram ainda que a vítima se identificou como eleitor de Lula e, então, se iniciou uma discussão entre os dois. As testemunhas contam ainda que o nome dos candidatos Bolsonaro e Lula foram ouvidos durante a briga, quando o agressor atacou a vítima a facadas.
O titular da Delegacia Metropolitana de Cascavel, Josafá Araújo Carneiro Filho, comentou o caso após ouvir o suspeito e testemunhas. “Não se trata de um crime político, mas se trata de um crime que foi gerado devido à discussão por opiniões políticas diversas; da defesa de um candidato, e a intolerância política dessa defesa gerou as agressões”, explicou o delegado.
Ele disse que o suspeito nega a motivação, argumentando que não tem opinião política. O delegado disse que o suspeito afirma que todas as testemunhas estão inventando uma versão dos fatos que o prejudique.
“As testemunhas são a principal fonte de provas do principal indício de autoria do crime. Elas informam que houve uma discussão fútil motivada por divergência política, e o infrator teria esfaqueado a vítima”, disse o delegado de Cascavel.
Ainda segundo a Polícia Civil, o suspeito foi levado para a Delegacia Metropolitana de Cascavel, onde ele foi ouvido. Ele já tinha antecedentes criminais por lesão corporal dolosa no contexto de violência doméstica.
Com informações do G1