Alunos da faculdade Cisne estão há quase um mês sem aulas e sofrem prejuízos com atraso do semestre

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Cisne estaria com atrasos no semestre e alunos estriam sendo prejudicados (foto: divulgação/arquivo)

Quixadá: Alunos da Faculdade Cisne de Quixadá alegam estar há quase um mês estão sem aulas e afirmam que problemas internos estão prejudicando o rendimento do ensino. Conforme os relatos, o início do semestre letivo previsto para o dia 8 de agosto, já foi adiado pela quarta vez.

A situação foi denunciada por um grupo de alunos ao Revista Central, sob condição de anonimato. Eles pedem para não ter o nome divulgado por medo de sofrerem perseguição acadêmica ou represália da instituição. As provas estão comunicados e prints de conversas edos alunos professores, financeiro e equipe da Cisne as quais o RC teve acesso. Nelas, os profissionais administrativos dão sempre um prazo ou uma resposta diferente, o que caracteriza desorganização da instituição a partir do desencontro de informações.

“Nossas aulas eram para ter voltado, de acordo com o calendário letivo, dia 8 de agosto. Quando chegou perto, adiaram dizendo que era uma reorganização administrativa e nenhum funcionário sabia de nada. Falamos com secretaria, professores, coordenadores, e ninguém sabia o que era”, conta um aluno do curso de nutrição.

Comunicado da Cisne aos alunos

Conforme os documentos e conversas, as aulas estavam inicialmente marcadas para o dia 8 de agosto, o que não aconteceu. De maneia totalmente informal, em um grupo de whatsapp, uma profesora comunicou que as aulas seriam adiadas para 22 de agosto, mas um dia antes a Cisne emitiu comunicado adiando pela terceira vez o início do semestre, agora para o dia 1º de setembro.

“Para que haja melhor resolução nos trâmites do processo da reforma administrativa, pedimos compreensão dos nossos alunos e corpo colaborador”. O texto dizia ainda que “a postergação do início do periodo letivo não trará prejuízos acadêmicos, sendo ajustado todo o cronograma semestral para suprir a carga horária”. Neste mesmo comunicado a Cisne falava pela primeira sobre as negociações com outra mantenedora. “Esse novo grupo tem sólida experiência de ensino e administração de instituições”.

No entanto, essa semana, a Cisne adiou o retorno das aulas pela quarta vez, agora para 14 de setembro, devido a negociação não ter sido concluída. Os alunos estão se sentindo prejudicados e buscam uma resposta. “A gente está sem resposta, eles não comunicam, a gente tenta falar com o diretor, a gente manda mensagem a gente liga, ele não responde e não atende. Os funcionários tambem não sabem de nada, e vão só adiando e a gente só pagando. Todo início de semestre tem um problema, sempre ocorre alguma coisa e dá medo na gente da faculdade fechar”, relata um aluno ao Revista Central.

Prejuízo financeiro

Além do medo do fechamento da instituição, os alunos em sua grande maioria são beneficiados pelo Fies, e enquanto as aulas não voltam, eles continuam pagando as mensalidades via Governo Federal. “Estamos pagando uma coisa sem ter garantia nenhuma, segurança nenhuma de como vai ser nossa situação”, alega um estudante.

Os que moram em outras cidades enfrentam ainda outro prejuízo: pagar aluguel enquanto residem em Quixadá e aguardam um retorno das aulas. “Eu moro em Iguatu e pago auguel de R$ 650 porque estudo aqui, fora luz e água, aí vai para uns R$ 800. Já estou há dois meses pagando tudo isso e sem estudos, e não posso ir embora e romper o contrato do aluguel porque não temos resposta de nada”, relata um aluno.

Na manhã desta quinta-feira (1º) alunos confirmaram que devem ser recebidos por um corpo jurídico da Cisne em uma reunião. Os acadêmicos estão se organizando para cobrar providências e uma resposta da instituição. O Revista Central não coneguiu o contato do diretor da Cisne e também não conseguiu contato com o setor jurídico da instituição. Caso estes sejam localizados ou demonstrem desejo de responde aos fatos, esse texto será atualizado.