O preço do litro da gasolina comum vendido nas refinarias para as distribuidoras no Brasil terá redução de R$ 0,18 a partir de amanhã, terça-feira, 16 de agosto. O anúncio da redução foi feito na manhã desta segunda-feira, 15, pela Petrobras.
Reajuste negativo representa a quina redução no preço dos combustíveis em um mês no Brasil, sendo o terceiro para gasolina, enquanto os outros dois foram referentes ao óleo diesel.
Com a queda de preço, a partir desta terça-feira, 16, o preço médio de venda de gasolina praticado pela Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,71 para R$ 3,53 por litro.
No Ceará, o impacto será de uma redução de até R$ 0,14 no preço médio do litro da gasolina comum a ser sentido pelos consumidores em até quatro dias após a implementação do novo valor nas refinarias.
“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,70, em média, para R$ 2,57 a cada litro vendido na bomba”, destaca a estatal em nota.
A redução, conforme a Petrobras, é integra a política de preços adotada pela companhia, que segundo ela, “busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.
Atualmente, a Petrobras adota uma política de paridades de preços que busca igualar o preço interno cobrado pelos combustíveis do valor em vigor no mercado internacional de petróleo.
Anúncio ocorre no mesmo dia em que dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) indicam que a gasolina no Brasil está sendo comercializa R$ 0,33 mais cara do que no mercado internacional.
5ª redução nos combustíveis em menos de um mês
O primeiro reajuste negativo no preço dos combustíveis por parte da Petrobras em 2022 ocorreu no dia 19 de julho, quando a estatal passou a cobrar R$ 0,20 menos no litro da gasolina comum na venda para distribuidoras.
Redução foi anunciada em meio a derrubada do preço do barril do petróleo diante do temor de uma recessão global da economia e durante a implementação da lei que reduziu a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), gerando outro fator de redução dos preços.
A queda de preços de combustíveis tem sido um dos pilares das ações do governo Bolsonaro para tentar recuperar a popularidade em meio à corrida pelas eleições presidenciais de 2022.
Uma semana depois da primeira redução, no dia 28 de julho, a Petrobras anunciou o segundo reajuste negativo, desta vez também na gasolina, com diminuição de R$ 0,15.
No dia 5 de agosto, a Estatal implementou reajuste negativo no preço médio de venda do diesel tipo A no Brasil com redução de R$ 0,20.
Uma semana depois, no dia 11, anunciou a segunda queda no diesel, com redução de 4% no valor do combustível vendido nas refinarias, o equivalente a R$ 0,22 por litro.
Quatro dias depois, porém, dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) expressam que o diesel apresenta uma defasagem média de 5% neste mês, enquanto a gasolina encerrou a segunda-feira, 15 de agosto, com defasagem de 10%, ainda sem considerar a nova redução.
Na prática, os dados indicam que a Petrobras poderá aplicar ainda uma redução de até R$ 0,23 no diesel e de outros R$ 0,15 na gasolina, já que reduziu em R$ 0,18, abafando a defasagem de R$ 0,33 registrada na segunda, 15.
Com informações do Opovo