Quixadá: O Hospital Maternidade Jesus Maria José (HMJMJ) de Quixadá vai ter seu consumo de energia fornecido por uma espécie de usina de geração de energia solar. O complexo foi instalado em um terreno da própria maternidade, e será inaugurado oficialmente nesta quinta-feira (25). Fontes ouvidas pelo Revista Central garantem que é o maior investimento da instituição filantrópica na área de energia sustentável.
De acordo com a fonte ouvida pelo RC foram utilizadas cerca de 560 placas de captação de raios solares que vão gerar energia, que será consumida pelo HMJMJ. Os equipamentos estão fixados numa área de 4.200 metros quadrados, ao lado do prédio onde funciona o Hemoce, e foram instalados pela empresa DHSolar, que é de Quixadá.
As placas, compradas pela maternidade com recursos próprios, possuem tecnologia de última geração. Davi Holanda, gerente da DHSolar, explica que os equipamentos possuem um sistema funcionamento bifacial, ou seja, gera energia pelos dois lados (o que fica exposto ao sol, e o que fica suspenso e virado para o chão), o que seria responsável pela geração de 15% a mais de energia.
“O que temos instalado garante uma geração de 296,8 kWp. Os módulos bifaciais contém dois inversores Growatt de 125Wp (cada). No mês, isso vai garantir uma geração 38 mil kWh. A longo prazo, isso deve permitir uma economia média anual de R$ 350 mil reais para a instituição”, afirma David Holanda.
Nomes importantes da Maternidade de Quixadá ouvidos pelo site, não revelaram os números, que devem ser detalhados nesta quinta, mas garantem: é o maior aporte financeiro feito pela gestão da maternidade em termos de energia sustentável. Atualmente a caneta mais importante do HMJMJ está nas mãos de Dr. Kaléu Mormino Otoni, farmacêutico de formação, especialista em oncologia e com MBA em Gestão pela USP.
Desde que assumiu Kaléu tem buscado implantar um sistema de gestão mais moderno ao equipamento, que é filantrópico. Por essa razão, o uso de energia solar é visto como um grande acerto, já que gera mais economia e vai permitir que o dinheiro que se usaria para pagar uma fatura de energia convencional seja investido em outro setor.
O que poucos entendem, até agora, é porquê esse método não foi utilizado antes. Por várias vezes a Maternidade de Quixadá esteve sob situações difíceis, houve períodos que essa certeza era facilmente percebida por quem ia até lá buscar por atendimento, e via a precariedade das condições do equipamento pelas suas instalações físicas.
A energia solar é um sistema de energia que permite essa economia porque o investimento é feito apenas no equipamento, e o consumo não gera faturamento, mas por enquanto, conforme o RC apurou, as placas que formam a usina de energia solar da Maternidade ainda não são suficientes para atender a demanda existente no prédio. Portanto, ainda será necessário utilizar a energia convencional.
Mas isso não deve durar por muito tempo. O RC ouviu pessoas que garantem que já existe a intenção de ampliar o investimento. Há uma parte do terreno onde as placas estão instaladas, já pronto para receber novas unidades do equipamento. E isso não deve demorar.