Eleições 2022/Estadual: A questão da segurança pública e os planos para enfrentar o desenfreado crescimento da criminalidade, o apadrinhamento de políticos e as questões sobre acesso a saúde, dominaram o embate entre candidatos ao Governo do Estado no primeiro debate da TV, transmitido nesta segunda-feira (29) pela TV Cidade.
Elmano Freitas (PT), Roberto Cláudio (PDT) e Capitão Wagner (União Brasil) tentaram conquistar o eleitorado na televisão, e protagonizaram momentos de acirramento ao questionarem temas relevantes e delicados do ponto de vista político.
Segurança
Ao querer saber do candidato Capitão Wagner sobre o aparelhamento e reforço da segurança no estado, Roberto Cláudio fez um questionamento que mais marcou o debate. Wagner prometeu se eleito uma parceria com FBI (a policia de inteligência americana) para reforçar a inteligencial policial do Ceará. RC questionou.
“Capitão, falando de segurança, e essa proposta do FBI? Não tem nem soberania. Isso é uma fantasia. É uma ilusão. Começou dizendo que o FBI vinha pra cá, depois falou que era um amigo dele. Quem é? O Super-Homem que vai resolver o problema do nosso povo? Eu que quero que você explique esse absurdo que mais parece uma peça de ficção que uma proposta”, disparou.
Roberto prometeu, se eleito, ampliar o número de delegacias no interior do Estado e prometeu a construção de 14 novas unidades, para garantir mais cobertura das ações da Polícia nos municípios cearenses.
Saúde: mais hospitais e tratamento de câncer facilitado
Quando o assunto foi Saúde, o candidato petista Elmano Freitas prometeu aprimorar os atendimentos nos Hospitais Regionais (Sertão Central, Jaguaribe, Região Norte e Cariri) para garantir atendimento a pessoas com câncer. Roberto Cláudio reforçou a proposta de construir cinco novos hospitais no interior para tratamento de pacientes com câncer. Capitão Wagner aposta no recurso da telemedicina para melhorar os atendimentos nos regionais.
Educação: escolas de tempo integral
No campo da educação, Wagner garantiu o pagamento dos precatórios do Fundeb se eleito, ampliar o número de vagas em colégios militares e garantir direitos iguais a profissionais técnicos de escolas profissionalizantes. Elmano partiu para o ataque e ao invés de preferir se comprometer, reforçou o que RC não fez quando era prefeito de Fortaleza. ““Não pagou os precatórios dos professores. Eu já aprovei a lei que vai pagar os precatórios aos professores do Estado”.
Roberto Cláudio ignorou as críticas citando experiência e lembrou que quando estava prefeito de Fortaleza, ampliou o acesso a escolas de tempo integral, programa que ele prometeu levar ao estado. “Quero apoiar os municípios a implantar o tempo integral no ensino fundamental e ser uma saída para a educação e para a segurança”, afirmou.
Porte de armas
Em um dos momentos mais delicados e polêmicos o candidato Capitão Wagner se declarou a favor ao uso de armas de fogo pela população cearense, após ser questionado por Roberto Claudio (PDT). Segundo Wagner, seria preciso um teste para saber se o cidadão teria condições psicológicas para andar armado.
Roberto Cláudio não se surpreendeu com o posicionamento de Wagner, pois ele sempre mostrou ser um “defensor fervoroso do Bolsonarismo” no Estado. Ainda segundo o pedetista, armas não resolvem o problema da segurança, mas sim, aumentam a violência entre a população.
Apadrinhamento de políticos
O apadrinhamento de políticos também foi tema do debate. Elmano Freitasafirmou que o Roberto Cláudio deveria dar “algum conselho ao prefeito Sarto (PDT)”. “O povo de Fortaleza está reclamando que não tem prefeito”, rebateu Elmano.
Roberto Cláudio afirmou ainda que quando o candidato do PT foi secretário de Educação de Fortaleza e coordenador do Orçamento Participativo na gestão da ex-prefeita Luizianne Lins (PT), ele saiu do mandato deixando o maior índice de evasão escolar que Fortaleza já teve.
Capitão Wagner teve seu nome associado ao candidato Jair Bolsonaro pelos dois outros candidatos.