Secretaria estima que Banartes em Banabuiú injete R$ 3 milhões na economia local

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Última edição da Banartes, em 2019; festa é tradicional e atrai grande público (Foto: Reprodução)

Região Central: Depois de um hiato de dois anos em função da pandemia, a Banartes, maior e mais tradicional evento de Banabuiú volta a ser realizada, e o retorno da atração tem um significativo peso no potencial econômico que ela carrega. Dados obtidos com exclusividade pelo Revista Central mostram que a Prefeitura de Banabuiú estima que R$ 3 milhões devem ser injetados na economia local durante três dias de evento.

As informações foram confirmadas pelo secretário de cultura, turismo, indústria e comércio de Banabuiú, Pedro Henrique Lopes. “A gente da comissão fez os estudos e projeções com base no público que é esperado no evento, e nossos cálculos apontam para um retorno em torno de R$ 3 milhões”, afirmou Pedro Henrique, numa conversa por telefone. Ele não apenas confirmou os dados como autorizou a publicação dos números.

Segundo Pedro, a comissão organizadora estima que a Banartes tenha um público rotativo de 60 mil pessoas, “o que daria em torno de 20 mil pessoas por noite”, afirma o secretário. Os cálculos de projeção rotativa são feitos considerando o total de público em cada dia, e não considera as pessoas, se elas são as mesmas ou se diferem, nos dias contabilizados.

Pedro Henrique não detalhou, mas na ponta do lápis é possível entender que as projeções da equipe organizadora são simples: se cada uma das 20 mil pessoas por dia gastar R$ 50, o município terá em circulação no comércio local R$ 1 milhão por dia. Essas contas também são feitas nos bastidores pelo prefeito de Banabuiú, Edinho Nobre. O gestor é bom de matemática e chegou a falar sobre o cálculo em seus discursos.

Embora simples, as projeções da Secretaria de Cultura de Banabuiú se firmam como concretas sob vários pontos a serem analisados. O primeiro deles a considerar é a relevância do evento. Banabuiú tem tradição na Banartes há quase 30 anos, o que tornou o evento reconhecido e por essa razão, responsável por atrair gente dos quatro cantos do Ceará, inclusive do Sertão Central. Não à toa, Banabuiú ganhou o nome de Capital das Artes do Estado.

Como é comum a dias festivos em municípios de pequeno porte, a cidade ferve em dias de evento: salões de beleza ficam lotados, padarias vêem seu movimento triplicar. Os supermercados e depósitos de bebida também aumentam as vendas. E isso considerando apenas os moradores locais. Quem vem de fora, injeta dinheiro em hotéis, pousadas, lojas de roupa, manicure, restaurante e outros. Toda essa movimentação de dinheiro faz a cidade ferver em termos econômicos. “Um comerciante nos confirmou que apenas nas duas primeiras semanas de julho, já vendeu mais calçados do que todo os meses deste ano”, detalhou Pedro Henrique Lopes.

Não bastasse sua relevância que tem por si, a Banartes em 2022 traz um elemento a seu favor: a expectativa gerada pela saudade. Por dois dois anos, o evento deixou de ser realizado por conta das medidas restritivas impostas pela pandemia, e só agora volta a ser realizada. É o primeiro grande evento de Banabuiú com programação que dura o dia todo, começando às 8h da manhã, com barracas de comida, brechós, artesanato e exposições na Cidade Banartes, e indo até a noite com grandes atrações. Na lista deste ano, Vicente Nery, Kátia Cilene, Raí Saia Rodada, Júnior Viana e a explosão do momento Mari Fernandez.

“Nós temos a noção muito precisa do quanto esse evento é importante para Banabuiú, há toda uma equipe na organização que respira Banartes, que entende o que ela representa na história do município, por isso tem sido um trabalho muito bem elaborado e pensado, em cada detalhe, para fazer jus a essa expectativa que o retorno dela está gerando”, explica Pedro Henrique. A edição 2022 da Festa do Povo, como está sendo anunciada, acontece nos dias 21, 22 e 23 de julho. A entrada é gratuita.