Quixadá: O Itamaraty confirmou nesta quinta-feira (9) a morte do quixadaense André Luis Hack Bahi. O brasileiro de 44 anos morreu em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia que já passa dos 100 dias. A notícia foi confirmada pela Embaixada do Brasil que fica em Kiev. Familiares devem jogar as cinzas do corpo de André sobre a cidade de Quixadá.
“O Ministério das Relações Exteriores recebeu, por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, confirmação do falecimento de nacional brasileiro em território ucraniano em decorrência do conflito naquele país e mantém contato com familiares para prestar-lhes toda a assistência cabível, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”, disse o Itamaraty em nota.
De acordo com o G1 o brasileiro estava morando na Europa desde fevereiro. Pai de sete filhos e natural de Porto Alegre, André Luis já tinha morado em Quixadá onde chegou a trabalhar como socorrista. Atualmente ele estava separado da esposa, Riana Maria Andrade Moreira, 30 anos, que também é quixadaense e trabalha como bombeira militar. Os dois teriam se conhecido em 2019, conforme apurou o Revista Central, mas haviam se separado antes de André viajar para a Europa.
O site da TV Globo informou também que o brasileiro participava da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia. Na última semana, quando a sua morte ainda estava sob suspeita e sem confirmação oficial, uma versão que chegou a se espalhar por Quixadá era que André tinha ido atuar no conflito de forma voluntária. Ele já havia servido às forças armadas brasileira ao se alistar no Exército.
Familiares confirmaram ao G1 que o homem teria morrido no último sábado (4), quando tentava socorrer duas pessoas que tinham ficado feridas durante um bombardeio. Em seguida André teria ido a uma linha de fogo cruzado onde tentou combater as forças armadas russas. Amigos de André não o encontraram mais e nesta quinta veio a confirmação de sua morte.
A irmã de André Luis confirmou que assim que chegar no Brasil, o corpo será cremado. a cinzas deverão ser jogadas em Quixadá. “Nós decidimos que, para Porto Alegre, a gente não vai querer que ele venha. Nós vamos deixar as cinzas dele lá, um lugar maravilhoso que ele se apaixonou”, comentou a irmã ao G1.
O site da BBC Brasil destacou através do depoimento de familiares e da ex-mulher, que o brasileiro era fissurado pelo assunto de guerra e tinha o sonho de atuar em um conflito. “O apego de André pelo tema era visível em suas redes sociais. Em seu perfil no Instagram, há diversas fotos dele utilizando fardas e empunhando armas”, destacou um trecho da reportagem da BBC Brasil.
Não há detalhes sobre como ocorrerá bem quando o corpo será transladado para o Brasil. Detalhes do velório também ainda estão sendo preparados.