PC-CE indicia técnico de informática de Quixadá por crimes contra cerca de 3 mil mulheres

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Foi identificado ainda, que o homem possuía mais de 30 perfis falsos nas redes sociais, Foto: divulgação

As investigações relacionadas ao inquérito que apura crimes praticados por um técnico de informática, identificado como Matheus Fernandes Alves, de 27 anos, foram encerradas na última segunda-feira (30). Com a conclusão dos trabalhos investigativos, coordenados pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), foram identificadas quase três mil vítimas, todas elas mulheres. O suspeito, que praticava a ação criminosa de forma virtual, foi indiciado pelos de crimes de extorsão, ameaça, estelionato, pirataria, tentativa de extorsão, tentativa de estupro virtual, estupro virtual consumado e uso de documento alheio.

Com as investigações desenvolvidas pela Delegacia Regional de Quixadá em conjunto com o 5° Distrito Policial, os investigadores puderam concluir que Matheus Fernandes, que até então, não possuía antecedentes criminais, fez cerca de 3 mil vítimas, todas elas mulheres, espalhadas por vários estados do Brasil. Com base nas oitivas, diligências e com a sua prisão por força de um mandado de prisão, no último dia 8 de abril deste ano, em Fortaleza, foi possível identificar os modus operandi e as dezenas de perfis criados por ele, para extorquir as mulheres.

O indiciado entrava em contato com as vítimas alegando que mantinha fotos delas comprometedoras e as extorquiam exigindo depósitos de uma certa quantia em dinheiro, caso contrário, ele ameaçava de expô-las em redes sociais. Em alguns casos, as mulheres eram obrigadas a enviar fotos íntimas e realizar videochamadas por aplicativos de mensagens.

Outros detalhes da ação criminosa
No curso das investigações coordenadas por ambas as delegacias, foi constatado ainda que o homem realizava os crimes logado em celulares de clientes, pois como ele trabalhava consertando aparelhos celulares, ele aproveitava e colocava os chips nos aparelhos dos seus clientes, com o objetivo de não ser rastreado, O investigado ainda ficava online em diversos dispositivos gratuitos de internet ou através do sinal residencial de clientes, que ele capturava o acesso no momento em que realizava algum trabalho, assim dificultava a localização exato de onde ele praticava o crime.

Foi identificado ainda, que o homem possuía mais de 30 perfis falsos nas redes sociais, que era por onde ele fazia contato com as vítimas e passava a cobrar uma quantia em dinheiro para não divulgar materiais íntimos, fazendo, em alguns casos, com que elas pagassem mensalidades para não ter suas imagens divulgadas. Com isso, após a conclusão do inquérito policial e seu indiciamento o documento foi enviado ao Poder Judiciário.