Prestes a completar 10 dias do fim da quadra chuvosa no Ceará, o período oficial de chuvas que vai de fevereiro a maio, o cenário hídrico se mostra favorável a julgar pela quantidade de açudes sangrando. Um comparativo feito pelo Revista Central mostra que a quantidade de açudes sangrando em junho deste ano é 400% maior do que o mesmo período do ano passado.
O levantamento foi feito com base em dados fornecidos pela resenha diária de açudes, feita pelo sistema de monitoramento da Companhia de Gestão dos Recursus Hídricos do Ceará (Cogerh). Até o último dia 7 de junho de 2022, havia 42 açudes sangrando no Ceará. No mesmo dia 7 de junho do ano passado, a quantidade de reservatórios em vazão era apenas oito. A diferença é 420% maior de um ano para o outro.
Esse dado, além de animador, revela o quanto o período chuvoso deste ano trouxe benefícios para além do que os nossos olhos conseguem enxergar. A chuva que continua caindo quase todos os dias, mesmo passado nove dias do fim do período oficial de chuvas, tem sido boa não apenas para amenizar o calor, mas também para garantir uma boa reserva hídrica para o ceará.
Até o último dia 7 de junho, o acumulado nos 157 açudes monitorados pela Cogerh, tinha armazenado um aporte de 38,93%. No mesmo período há um anoa trás, a demanda aportada nos açudes eram de 29,86%. Em 2021, passado uma semana do fim do período chuvoso o Ceará ainda tinha 25 açudes com água acumulada acima dos 90%. Agora, são apenas 13. Em compensação a sangria é bem maior do que no ano passado.
O cenário hídrico observado a partir da situação dos açudes tem feito com que o Ceará garanta o abastecimento humano da população com segurança e estabilidade. Hà cerca de cinco dias, o secretário da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) afirmou que o aporte dos açudes confere ao estado a condição de garantir abastecimento pelos próximos dois anos.