Região Central: Uma operação para investigar possíveis irregularidades em contrato com o aterro sanitário do município de Senador Pompeu, foi deflagrada nesta quinta-feira (5) pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) através da Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap). Entre os investigados está o prefeito do município, Maurício Pinheiro, o Maurição.
De acordo com o MPCE a ação foi deflagrada na Capital e em mais três cidades, incluindo Senador Pompeu, além de Barbalha e a cidade de Mombaça, também situada no Sertão Central. Os agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão na capital e nos outros três municípios, além de outras medidas de natureza cautelar.
Um dos mandados de busca foi feito contra o prefeito de Senador Pompeu, Maurício Pinheiro. A residência onde mora a mãe do prefeito, a senhora Marilene Pinheiro, foi vistoriada pelos policiais civis e agentes do órgão estadual, que buscaram documentos. Maurição como é conhecido o prefeito falou sobre a operação em suas redes sociais.
“O que hoje aconteceu na casa de minha mãe, nada mais é do que a democracia funcionando”, disse Maurição. O prefeito ainda esclareceu que a ação não lhe trouxe prejuízos, que colaborou com as buscas e fez questão de comparar sua forma de agir frente às ações do MPCE com outras gestões. “Vieram, não obtiveram nada ilícito e ainda foram bem tratados e bem recebidos. Isso é a minha forma de ser. A política não é feita por mim como uma carteira aberta, a política é uma missão na minha vida de ajudar as pessoas”.
Marilene Pinheiro, mãe do gestor municipal, também fez comentários sobre a ação do MPCE em sua residência, utilizando seu perfil em uma rede social. “Eu queria dizer à população de Senador Pompeu que fique tranquila com o que aconteceu hoje em minha casa, que foi visitada pela Polícia Civil em busca de documentos. Não encontraram nada que desabonasse a conduta da nossa família. (…) Até o fim do mandato do meu filho, vamos priorizar a honestidade e o bem da população de Senador Pompeu”, disse.
De acordo com a coordenação da Procap, as apurações apontam para a existência de irregularidades envolvendo os vínculos firmados entre a Administração Pública Municipal e a empresa que opera o aterro sanitário na cidade. Além do empresário, são investigados agentes políticos, dentre eles, o prefeito, que possui prerrogativa de foro.
As ações contaram com o apoio de promotores de Justiça e da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS), por meio da Coordenadoria de Planejamento Operacional (COPOL) e da Polícia Civil do Estado do Ceará.