O Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim, unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) gerida pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), reuniu colaboradores do Centro Cirúrgico Geral (CCG) e da Clínica Cirúrgica, nessa segunda-feira (9), para comemorar os cinco anos de abertura dos setores, completados em abril deste ano.
O momento homenageou o diretor-geral, Cristiano Rabelo, o coordenador-geral de Enfermagem, Daniel Rodrigues, os gestores atuais e os que já passaram pelo CCG, a auxiliar administrativa Bárbara Rodrigues e a equipe da Central de Esterilização de Materiais (CME), representada por sua coordenadora, Lúcia Vanda Cavalcante.
Ao todo, foram mais de 26 mil procedimentos cirúrgicos realizados entre abril de 2017 e maio de 2022. “Nós começamos com Cirurgia Geral; eram procedimentos de pequeno porte. Fomos o primeiro setor a abrir no hospital e, junto com o Centro Cirúrgico, nasceu a Clínica Cirúrgica. Com o tempo, fomos aumentando o rol de intervenções de complexidade. Conseguimos interiorizar muitos especialistas e subespecialistas, aumentando tanto os números na Cirurgia Geral, que foi o primeiro a surgir, quanto na Gineco-obstetrícia e de cirurgias ortopédicas, neonatológicas, torácicas e neurocirurgias”, pontua o coordenador médico do CCG, Ian Almeida.
Para Marcelo Lucena, coordenador médico da Anestesiologia, o hospital introduziu a atenção terciária no Sertão Central cearense. “Fora os serviços de alta complexidade, nós também fazemos diagnóstico, área em que a região também era muito carente. São assistências de maior complexidade e maior valor agregado, como ressonância magnética e tomografia, que não existiam por aqui, bem como colonoscopia e endoscopia de urgência, serviços trazidos pelo HRSC. O aumento da complexidade diagnóstica também deu apoio ao Centro Cirúrgico e à região”, explica.
Profissional nasceu na região e realizou primeira cirurgia
De acordo com Ian Almeida, o HRSC e o CCG são um “sonho de consumo”, tanto no aspecto profissional quanto no pessoal, visto que ele nasceu em Quixeramobim e participou da primeira cirurgia realizada no hospital. O médico atingiu a marca de mais de 1.800 procedimentos feitos no equipamento, sendo um dos profissionais que mais operaram na unidade.
“Eu sempre quis morar no meu interior. Tendo um hospital com esse grau de complexidade, de suporte, conseguindo interiorizar paulatinamente especialistas e subespecialistas para dar mais suporte para região, é uma grande satisfação e uma grande felicidade saber que meus conterrâneos estão sendo bem atendidos. É um hospital que eu, tranquilamente, traria a minha família para operar”, avalia.
Para Almeida, a cirurgia mais marcante realizada no HRSC foi a primeira laparoscópica. “Foi de uma felicidade imensa. Quem a fez foi o cirurgião-geral Hugo Oliveira. Era uma novidade no SUS [Sistema Único de Saúde]. Alguns casos desse tipo de procedimento foram feitos na região, mas não era a realidade. Foi um dia icônico. Vale ressaltar que já tivemos muitas cirurgias complexas aqui no HRSC, que demandaram seis ou oito horas, como neurocirurgias, cirurgia de câncer de urgência – que, apesar de não ser nosso perfil, em um quadro urgente, contamos com cirurgiões oncológicos que conseguem dar o mesmo tratamento que dariam em Fortaleza, do ponto de vista cirúrgico”, diz.
Perfil do HRSC
O HRSC atende cirurgias eletivas e de urgência. Os pacientes são encaminhados ao hospital a partir da Central Estadual de Regulação. As intervenções gerais mais realizadas ao longo desses cinco anos foram colecistectomia, laparotomia e apendicectomia. Na Traumatologia, o destaque é para as cirurgias de fratura de fêmur e de antebraço. Na área obstétrica, o protagonismo é para as cesáreas, atendendo às gestantes com perfil de alta complexidade.