Região Central: Se nada mudar, a construção de uma adutora que será usada para levar água do açude Banabuiú e garantir o abastecimento do município de Quixeramobim, deverá ficar pronta até o mês de setembro deste ano. Foi o que revelou, através de uma fonte, o jornalista e colunista de economia do jornal Diário do Nordeste, Egídio Serpa.
Em sua edição deste domingo (15) Egídio escreveu que depois de terem verificado a situação grave do abastecimento em Quixeramobim e Quixadá, “os técnicos da SRH (Secretaria de Recursos Hídricos) correm, agora, contra o tempo para que a construção da adutora esteja pronta quando setembro chegar. Ela poderá ser do tipo engate rápido, segundo admitiu a fonte da informação”, disse o colunista.
Na última semana a informação da adutora foi adiantada não pela SRH, mas pelo deputado estadual Osmar Baquit. Em suas redes sociais ele mostrou foto do encontro com o prefeito de Quixeramobim Cirilo Pimenta e a governadora Izolda Cela. Osmar teria intermediado o encontro para oferecer como alternativa para o problema do abastecimento em Quixeramobim, a construção da adutora para levar água do Banabuiú.
Izolda teria garantido a construção mas não deu data. Na coluna de domingo Egídio Serpa adiantou três informações exclusivas e que até então eram mantidas longe do conhecimento da população em geral: uma delas é de que a adutora deve ficar pronta para setembro. A outra é que, além de abastecer Quixeramobim o projeto deve servir também para abastecer Quixadá, informação que Osmar Baquit não deu em suas redes sociais, porque o pedido pelo município pode não ter sido intermediado por ele.
Se o fato de garantir o abastecimento de Quixadá e Quixeramobim já seria o suficiente para deixar a população que preza pelo nível do açude Banabuiú temerosa, o colunista confirmou que outras cidades também deverão ser abastecidas pela adutora. “Esta coluna dispõe da informação de que a SRH, sob o comando do engenheiro Francisco Teixeira, já desenhou e executará o projeto de uma adutora tubular que levará água não só para aquelas duas cidades, mas também para outras da mesma região em igual situação de estresse hídrico. O Banabuiú tem água suficiente para atender à demanda da futura adutora, mas o Castanhão e o Projeto São Francisco garantirão o abastecimento em caso de agravamento da emergência, prevista para começar no fim de agosto”, disse.
A questão do gerenciamento dos recursos hídricos no Ceará é delicada. As decisões são feitas pelo Estado porque a água é um bem universal e seu acúmulo nos açudes é gerenciado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). O Banabuiú já precisou atender outras cidades em situação grave de abastecimento no passado, e como resultado seu nível despencou, quase chegando a secar. No entanto, a questão de abastecimento deve ser vista como uma garantia do estado aos cidadãos, por isso, uma cidade não pode morrer de sede, enquanto outra tem um açude com água sobrando.
O que causa temor mesmo na população são os estudos da Cogerh: o órgão diz que o Banabuiú possui água suficiente para garantir o abastecimento, mas no passado o órgão falhou em suas projeções e o açude quase secou, fator que até hoje gera desconfiança na população. O projeto da adutora estaria avaliado em mais de R$ 1 milhão conforme disse Osmar Baquit em suas redes sociais.