Quixadá: Os professores da rede municipal de ensino, de Quixadá, entram nesta terça-feira (19) no seu terceiro dia oficial de greve. Os profissionais não aceitaram o reajuste oferecido de 19,5% e pleiteiam o reajuste completo, de 33,24%.
Nesta segunda (18), com motos, carros e som automotivo, os professores associados ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Quixadá, Ibaretama, Banabuiú, Choró e Ibicuitinga (Sindsep) percorreram as principais ruas do Centro de Quixadá em um ato grevista.
A categoria se concentrou em frente a prefeitura com cartazes e faixas com frases de protesto. Os membros do sindicato cobravam uma postura de apoio do comércio, de maneira que a sensibilização dos comerciantes com os professores pudesse provocar pressão à gestão municipal.
Eles não aceitaram a proposta oferecida de 19,5% pela Prefeitura de Quixadá, e votada na Câmara Municipal na quarta passada, quando a greve oficialmente teve início. Utilizando da força sindical, os profissionais dizem não voltar para as salas de aula enquanto o valor total oferecido para reajuste de 33,24% for oferecido.
A sessão onde a decisão foi votada teve tumulto. Os sindicalizados interromperam o ato legislativo várias vezes. Eles estavam vestidos de preto e lotaram o salão da Câmara. No final, quando os vereadores saíam do plenário, os ânimos se acirraram. Em determinado professor chega a gritar na frente do vereador Luis Neto.
A gestão de Quixadá argumenta que os alunos estariam sendo os principais prejudicados com a decisão, tendo em vista que as aulas permaneceram de forma remota por quase dois anos, em função da pandemia. Além disso a Prefeitura ainda mostrou que em comparação com outras importantes cidades, como Sobral e Quixeramobim, o professor de Quixadá em início de carreira ganha um salário muito maior.