Há várias fatores responsáveis por promover uma divisão no espaço-tempo em que vivemos. A política, por exemplo, é sempre a mais comum delas, sendo apontada como causadora de mudanças que impactam a vida das pessoas. Mas há entre estes fatores um que, em especial, não apenas muda mas transforma o tempo e nossa realidade: o ensino.
Nesse quesito é preciso ser justo e reconhecer que Quixadá tem mudado seus rumos de maneira significativa há exatos 18 anos, graças ao pioneirismo e o trabalho ético e responsável do Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica). A menina dos olhos do ensino superior na região cresceu e chegou na última semana à sua vida adulta, mais sólida e se mostrando cada vez mais preparada.
Oferecendo uma educação superior à luz dos valores éticos e humanos, e com a proposta de consolidar-se como um centro de educação superior humanista, inovadora e sustentável, como ela mesmo se autodenomina, a Católica tem no seu DNA um elemento importante, como o próprio nome sugere: é, além de tudo, uma instituição de ensino regida à luz dos valores cristãos.
Esse seu propósito, encontrado em meio aos seus princípios e valores, se apresenta como um elemento cada vez mais indispensável no mundo contemporâneo atual, onde a liquidez desfaz valores e princípios à velocidade da luz. Num universo assim, ter uma instituição que preza pela formação do profissional, mas também do ser humano que por lá passa, diferencia-se por sua contribuição não apenas com o mercado, mas também com o social.
Nascida de um sonho de Dom Adélio Tomasin, e responsável pela transformação de mais de 5 mil alunos, a Unicatólica em seus mais de 30 cursos de graduação e pós-graduação, funcionando sob a responsabilidade de profissionais competentes, distribuídos em cerca de 37 mil metros quadrados de área, se tornou a principal responsável por dividir Quixadá em dois: um antes e depois de sua existência.
Quixadá se moldou com a chegada da então Faculdade, que oferecia cursos que antes só eram encontrados em Fortaleza. Complexos grandiosos na área da saúde, com laboratórios dos mais sofisticados para a época, atraíram a atenção e, aliado aos seus propósitos éticos, foi se consolidando naquilo que se transformou hoje.
Se antes Quixadá já era uma cidade universitária, foi somente com a chegada da Unicatólica que, sem dúvidas, esse título ganhou ainda mais robustez. A instituição movimentou a cidade, incrementou a economia, tornou Quixadá berço de sabedoria, onde o mercado podia encontrar profissionais qualificados e preparados nas mais diversas áreas, desde a saúde até as exatas.
Nessa tônica o Sertão Central se emergiu como uma região de potencial ao ensino e à aprendizagem, ganhando nas mais diversas cidades, alunos que passaram pelo Campus e que levavam a todos os municípios da região, o saber que ali captavam. Apesar da cansativa viagem, a sensação de voltar todos os dias levando um aprendizado diferente, atrelado ao sonho de ser um profissional de sucesso, vencia a rotina e percorrer quilômetros até Quixadá se tornou recompensador.
Hoje, aos 18 anos, a Unicatólica se mostra capaz o suficiente de continuar se mantendo sobre os pilares de sua missão e visão. Forte capaz de vencer uma pandemia, oferecendo a profissionais e alunos condições adequadas e que poucas instituições de ensino superior no estado foram capazes de dar, a Unicatólica atravessou a caminhada chegando a 2021 com uma parceria com Harvard, e ficando ainda mais notada por sua qualidade no leque de cursos.
Sem dúvidas e sem um pingo de exagero, Quixadá deve muito à Unicatólica, por um percentual significativo de contribuição para o que a cidade é hoje. Há uma terra da galinha choca antes e depois daquele campus. E só quem viveu nestes 18 anos a experiência de transformar sua vida por meio de um ensino superior de excelência, é que sabe testemunhar com fidelidade, o que isso representa.
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José Avelino Neto
Jornalista e editor-colaborador do Portal Revista Central
