Consumidores da Enel no Ceará ficaram sem luz mais tempo do que o permitido pela Aneel em 2021

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A média de quedas de energia não pode passar de seis, mas clientes da Enel em 2021 tiveram em média sete quedas de energia (Foto: divulgação)

Os frequentes apagões ocasionados pela repentina suspensão no fornecimento de energia, quando atrelado com a notícia do aumento na tarefa de luz, faz despertar um misto de raiva e revolta no cearense, que começa a questionar o desempenho da Empresa Nacional de Energia Elétrica (Enel).

Tem sido notoriamente maior o número de cobranças de clientes por um serviço melhor da Enel. O que os clientes cobram em 2022, já foi comprovadamente um problema sério no ano passado. Um levantamento feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mostrou que a Enel teve o quinto pior desempenho no serviço oferecido aos clientes, entre todas as empresas do setor a nível nacional.

Para chegar a essa constatação, a Aneel calculou justamente o que tem sido o atual tormento de quixadaenses e cearenses em geral: as quedas de energia. Segundo a Aneel as empresas não podem provocar mais de cinco quedas de energia por ano a cada cliente. Mas No Ceará, em 2021, os clientes da Anel tiveram em média sete quedas de energia.

No levantamento, a Agência também considera o tempo em que um consumidor fica sem energia para poder classificar uma empresa como boa ou ruim. Pelos dados da Aneel, somado o limite de quedas de energia permitido para cada cliente por ano, o total de horas sem energia não pode passar de 10h6. Mas no Ceará, em 2021, a Enel deixou cada um dos seus consumidores, em média, 12h sem energia.

Nos últimos dias a polêmica em torno da Enel voltou a crescer com a notícia de que as tarifas que formalizam a cobrança pelo consumo de energia, seriam reajustadas em até 25%. Isso iria onerar o bolso do consumidor. Cálculos feitos pelo Diário do Nordeste mostraram como o reajuste iria impactar a economia do trabalhador cearense: quem pagava até R$ 240 reais por cada 240 kWh, com o reajuste da Enel vai passar a pagar quase R$ 290.

Em Quixadá a empresa passou a ficar na mira dos consumidores mais exigentes. A frequência na queda de energia trouxe prejuízos e problemas. O mais sério deles ocorreu há cerca de duas semanas, quando por conta de fortes chuvas e uma ventania, uma linha de fornecimento foi rompida e toda a cidade de Quixadá ficou quase 12h sem luz. Lojas tiveram o funcionamento pela manhã comprometido e escolas não funcionaram.