O trabalho integrado desenvolvido pelas Forças de Segurança do Ceará, durante os 30 dias de execução da “Operação Resguardo”, resultou nas prisões e apreensões de 350 pessoas envolvidas em crimes de violência doméstica e sexual contra mulheres. O expressivo número de prisões deixou o Ceará em 1º lugar no número de prisões em todo o Nordeste. Já a nível nacional, o Ceará ficou entre os seis estados que mais efetuaram prisões.
O trabalho, que é coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi/MJSP), ocorreu nos 26 Estados da Federação e no Distrito Federal. Durante um mês, só no Ceará, foram presas/apreendidas 350 pessoas, por meio de cumprimento de mandados de prisão preventiva e temporária e prisões em flagrante.
Com início no dia 7 de fevereiro deste ano, a operação integrada teve como missão investigar, instaurar inquéritos e prender homens que praticaram crimes, baseados no gênero, sejam eles violências física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. No total, foram presos 344 adultos e apreendidos seis adolescentes. Durante os 30 dias, foram realizadas 5.264 diligências, instaurados 874 procedimentos policiais, solicitadas 597 medidas protetivas, além de terem sido atendidas 2.638 vítimas.
Na terça-feira (8), data que encerrou a operação nacional, foram presas sete pessoas, além de terem sido apreendidas armas e munições. Uma das prisões ocorreu em Beberibe, onde um mandado de prisão preventiva por homicídio qualificado por feminicídio foi cumprido em desfavor de um homem de 37 anos de idade, suspeito de matar, em fevereiro deste ano, em Fortaleza, a ex-companheira. A vítima, uma mulher de 30 anos, que foi atingida por um objetivo perfurocortante, chegou a ser socorrida e levada para uma unidade hospitalar, mas morreu após atendimento médico.
Carlos Antônio da Silva Santos, de 37 anos, foi preso ontem na cidade de Beberibe. Após o crime, Carlos se encontrava foragido. Com a representação por sua prisão e com decisão judicial deferida, os policiais civis localizaram ele que não reagiu à ofensiva policial e, neste momento, se encontra à disposição da Justiça.
Operação Resguardo
A Operação Resguardo iniciou com a apuração de denúncias, análise de procedência dessas denúncias, instauração de inquéritos policiais, levantamento de mandados de prisão e cumprimento de mandados judiciais pelas Polícias Civil – principalmente pelas delegacias especializadas no atendimento à mulher – e Militar. No Ceará, foi empregado o efetivo de 141 policiais civis em 52 viaturas e 849 policiais militares em 320 viaturas. Também atuaram na ofensiva policial, as Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol), de Inteligência (Coin) e de Operações de Segurança (Ciops) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e a Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp).
No Brasil, a Operação Resguardo realizou 42,4 mil diligências e instaurou 57,5 mil procedimentos policiais. Ao todo, foram 51,3 mil vítimas atendidas e 24.992 medidas protetivas solicitadas. Foram cumpridos 911 mandados de busca e apreensão e 2.009 mandados de prisão.