Quixadá: Um dos maiores e mais fascinantes equipamentos de fomento ao turismo religioso do Sertão Central e do Ceará, está construído em Quixadá, no alto de uma serra, e que atrai ano após ano, dezenas de milhares de visitantes: o Santuário Imaculada Rainha do Sertão completou na última semana 28 anos de construção e se mantém imortalizado na fé do povo da região.
A data de aniversário da construção, 11 de fevereiro, foi marcada pelo decreto de feriado municipal em Quixadá. No Santuário, uma missa foi celebrada no final da tarde, em alusão à data que também homenageia uma das mais icônicas figuras sacras do sertanejo e do quixadaense: a santa Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão.
Situado no topo da Serra do Urucum, em Quixadá, a 550 metros do nível do mar, o Santuário é o maior responsável pela criação de um tipo diferente de turismo praticado em Quixadá, até a data de sua inauguração: o turismo religioso.
Sua construção durou sete anos, tendo iniciado em 1988 após um sinal recebido por Dom Adélio Tomasi, então bispo de Quixadá, durante uma missa. Para quem revelou nunca ter planos de construir uma igreja ou Santuário, o detalhe relatado pelo bispo em entrevista ao jornal O Povo, em 2008, impressiona.
“Dom Adélio recordou que estava celebrando uma missa em honra de Nossa Senhora do Carmo (16 de julho) e, após a comunhão, sentou na cadeira em frente ao altar quando veio na mente a frase: “Por que tu não pensas em construir uma casa para a minha Mãe?”. O bispo comparou o pensamento com um aviso divino e contou para os fiéis que estavam na igreja. Para a sua surpresa, todos se levantaram e aplaudiram. Assim brotou a ideia do santuário.”
Sete anos depois, em 11 de fevereiro de 1995, o Santuário abriu suas portas. Desde então recebe peregrinos de todas as regiões do Ceará e até de estados vizinhos. Seus detalhes encantam todos que por lá passam: nas paredes imagens da Virgem Santíssima e o nome usado pelos fiéis para reverenciá-la em 27 diferentes países. Uma imagem em tamanho real de Cristo crucificado é um dos destaques da visitação pelo seu aspecto realista.
Em tempos sem pandemia, a data de aniversário do Santuário, celebrada nesta sexta-feira, seria motivo de festa para devotos e católicos. Era comum ver caravanas de fiéis se programarem com semanas de antecedência das paróquias da região, com semanas de antecedência para ir ao Santuário. Ônibus, carros e até pessoas subindo o alto da Serra do Urucum a pé, como forma de pagar promessas.
Mas a pandemia alterou até mesmo os padrões de fé. Ao invés de várias missas ao longo do dia, como era antes, na sexta apenas uma única celebração aconteceu e as visitações seguem ocorrendo até de maneira mais restrita, tendo em vista que a pandemia ainda permanece, embora em um grau de intensidade menos frequente, mas ainda acende um alerta entre os mais velhos, que formam justamente uma parcela maior entre os fiéis.