O ano de 2021 não teve chuvas muito significativas capazes de aportar um bom registro de acúmulo nos açudes cearenses. Mas a Secretaria de Recursos Hídricos do Estrado (SRH), mesmo reconhecendo que o estado apresentando uma quadra chuvosa abaixo da médica, afirmou que o ano de 2021 finalizou com a situação hídrica sob controle.
A pasta confirmou que em parceria com as vinculadas Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Sohidra e Funceme e com a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), realizou um trabalho minucioso de gestão dos recursos hídricos do Estado do Ceará, intensificando a diversificação da matriz hídrica, o que garantiu acesso hídrico para os municípios.
O ano termino com pouco mais de 20% de aporte hídrico total e 80 açudes abaixo de 30%. Apenas as regiões do Coreaú, Litoral Norte e Aracaú terminaram o ano com mais de 50% de reserva. A região mais crítica foi a do Banabuiú, que aportou apenas 6,9%. É nesta bacia que se concentram a maioria dos açudes do Sertão Central. Ela é a que apresentou a maior quantidade de açudes secos até o final de 2021, situação que permanece nestes primeiros dias de 2022. Entre os açudes secos está o Cedro, como mostrado pelo Revista Central no mês passado.
Segundo o secretários dos Recursos Hídricos a situação é controlada graças aos esforços diários realizados pelo Comitê de Contingência do Estado. “Hoje nós conseguimos controlar a situação de abastecimento pois temos um controle de todos os municípios, sabemos onde precisa de água e juntos com todos os órgãos competentes buscamos as melhores soluções para atender. Em paralelo a essas ações emergenciais buscamos obras que vão garantir futuramente uma maior garantia hídrica para a população, como é o caso do Cinturão das Águas e do Projeto Malha D’água”.
A Cogerh intensificou as obras de manutenção e melhorias na infraestrutura hídrica sob sua responsabilidade durante o ano de 2021, mesmo em cenário de pandemia. O montante desembolsado para a manutenção em diversos equipamentos de gestão hídrica do Ceará gira em torno de R$ 22,6 milhões. O programa de recuperação abrange, dentre outras estruturas, as estações de bombeamento, o Cinturão das Águas (CAC), reservatórios estaduais, canais e adutoras.
Previsto para iniciar em 2022, o Projeto Malha D’água vai Ampliar a segurança hídrica do Estado, garantindo condições qualitativas e quantitativas de fornecimento de água para o abastecimento dos núcleos urbanos e comunidades rurais situadas ao longo dos sistemas adutores a serem implantados. Inicialmente o Projeto vai beneficiar a região do Banabuiú – Sertão Central, que terá 688km de adutora de água tratada beneficiando 9 sedes municipais e 38 sedes distritais.