Madalena poderá ser alvo de ação do MPCE por baixa cobertura vacinal contra Covid-19

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Vacinação na cidade de Madalena em julho deste ano; apesar do esforço, MPCE afirma que cobertura vacinal ainda é pequena (Foto: prefeitura de Madalena)

Região Central: O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio de Centro de Apoio Operacional da Saúde (Caosaúde), está acompanhando o possível desperdício de vacinas contra a Covid-19 e os baixos índices referentes à aplicação da segunda dose do imunizante em municípios cearenses. Madalena é a única cidade do Sertão Central inserida na lista de municípios que são investigados.

Segundo dados da SESA, até o dia 8 de novembro, 16 municípios oficializaram perdas de imunobiológico, especialmente da Pfizer, por irregularidades na Cadeia de Frio e conservação das doses, totalizando 14.627 doses que deixaram de ser aplicadas na população. Os municípios que mais apresentaram perdas por doses de vacina foram: Crato (5.322 doses), Pacajus (2.340 doses), Aquiraz (2.280 doses), Barreira (1.248 doses) e Pindoretama (1.104 doses). Os municípios com menor quantidade de doses desperdiçadas foram Potengi (102 doses), Monsenhor Tabosa (84 doses), Varjota (77 doses), Farias Brito (54 doses) e Potiretama (30 doses).

Outro problema grave é a baixa cobertura vacinal em alguns Municípios. Ainda de acordo com informações da SESA, os municípios com menores índices de aplicação da D2 contra Covid-19 são: Capistrano (39,32% ), Aracoiaba (44,28%), Tianguá (45,61%), Itaitinga (48,82%), Irauçuba (51,81%), Jucás (52,56%), Beberibe (53,26%), Itarema (53,71%), Ubajara (56,58%), Uruoca (57,71%), Massapê (58,52%), Jijoca de Jericoacoara (59,27%) e Aquiraz (59,46%).

A cidade de Madalena atingiu, desde o dia em que iniciou o processo de vacinação na população, apenas 55,29% de cobertura imunológica da população. O município figura na lista dos que serão alvo de uma ação do MPCE para apurar o que pode estar causando esse possível entrave na cobertura.

Erros no estoque, acondicionamento inadequado e não utilização no prazo estariam entre os fatores que podem estar levando ao perecimento de vacinas no Ceará, segundo a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (SESA). Ante essas informações, os promotores de Justiça com atuação na área de saúde poderão expedir Recomendações e abrir procedimentos para que os gestores municipais expliquem formalmente as situações locais e evitem mais perdas.