O motorista que dirigia um caminhão envolvido em um acidente na barragem do Açude Banabuiú na última segunda-feira (1°), se apresentou à Polícia Civil na presença de um advogado no mesmo dia sinistro. No acidente o cabelereiro Francisco Lopes Maciel Neto que trafegava em uma moto, morreu. Uma perícia técnica no veículo deverá constatar a verdadeira causa.
De acordo com o apurado pelo Revista Central, o acidente foi registrado às 14h30 de segunda e o motorista se apresentou na Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC) cinco horas depois, às 19h35, quando prestou depoimento. O advogado Dr. Calixto Neto divulgou uma nota de repúdio contestando a informação. (veja no final).
O Revista Central esclarece que em nenhum momento informou que o motorista estava foragido. O site se baseou no boletim com o detalhamento da informação enviado na manhã da terça-feira (2) pelos órgãos de segurança, de que ao atender o fato os oficiais tentaram localizar o motorista “mas o mesmo teria se evadido”. Vale frisar que o nome do homem sequer fora citado no texto.
De posse do boletim enviado na manhã seguinte ao acidente, o site atualizou a notícia destacando a data a qual o texto estaria se referindo, ao informar que “até a manhã desta terça-feira (2) o homem não tinha sido encontrado”. Além disso a matéria destacou que o homem estaria sendo procurado para prestar depoimento, e não porque estivesse foragido.
Embora tenha se apresentado na noite do mesmo dia do acidente essa informação não constava no detalhamento da ocorrência enviada à imprensa na manhã do dia seguinte (2). Também vale salientar que nenhum dos envolvidos procuraram o site para atualizar a informação, mesmo depois de terem fornecido sua versão perante à Polícia.
Fica claro, portanto, que houve um desencontro dos fatos narrados pelos órgãos de segurança entre os procedimentos que os envolvidos no acidente realizaram, e os detalhes repassados à imprensa pelas autoridades policiais.
Diferente da versão oficial apresentada até então, o advogado Dr. Calixto Neto afirmou que o homem que conduzia o veículo permaneceu no local até a chegada da ambulância, e pedia ajuda para os que passavam pelo trecho para agilizar o socorro, mas que logo em seguida sentiu-se mal e foi levado por familiares para um local seguro. O advogado ainda esclareceu que o homem procurou abrigo por temer represálias da população, uma vez que não conhecia a vítima.
Veja a íntegra da nota do advogado do motorista, Dr. Calixto Neto.
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