Quixadá: Já imaginou andar entre folhas como se estivesse em um ambiente em que elas remetem ao clima seco do semiárido, mas estando dentro de um ambiente fechado? Este cenário poderá ser visto e visitado pelo público amante da arte na Fundação Cultural de Quixadá, que oferece aos quixadaenses e turistas a exposição “Chuvas de Folhas” da designer e artista plástica nascida na Terra dos Monólitos, Socorro Silveira.
A exposição integra parte da programação festiva em comemoração aos 151 anos de emancipação política de Quixadá. Criando suas artes e exposições com materiais recicláveis desde 2014, Socorro Silveira convida o público a pensar no futuro do planeta, que sofre com as consequências da exploração e mau cuidado do homem com a natureza. E foi pensando na preservação dela que surgiu a exposição “Chuvas de Folhas”, como explica o secretário de Cultura Clébio Viriato, que é amigo e admirador do trabalho da artista plástica.
“Ela é uma ativista da preservação da natureza, então, nos últimos anos, tem buscado reciclar material para utilizar em suas obras. E é isso que ela faz com essas folhas. São todas feitas de papel, envernizadas, impermeabilizadas. É ai onde ela faz essa alusão que as folhas são eternas, que quem destrói a natureza é o homem e que a partir deste elemento folha, que traz oxigênio, que traz vida pra gente ela nos faz refletir”, comentou sobre a obra.
“Chuvas de Folhas” está aberta ao público desde a última quarta-feira (13), no cair do pôr do sol. A obra vai é iluminada na parte superior da Fundação Cultural de Quixadá, uma estratégia para chamar a atenção das pessoas que passam pela Praça Glaydson Martins (Praça da Cultura), que vão poder ver de longe o trabalho de Socorro Silveira.
“Certamente vai chamar a atenção e as pessoas vão querer ir ver. São ações dessa natureza, ações simples, mas com conteúdo simbólico forte que vai fazendo com que a cidade comece a pensar e a discutir e trazer para o seu cotidiano a questão da preservação do Meio Ambiente, sobretudo, na nossa região que é semiárido já chegando num estágio de desertificação”, destacou Clébio Viriato.