Região Central: O espetáculo na Câmara Municipal de Ibaretama teve mais um episódio nesta quarta-feira(21), quando o presidente Joverlane Neres deu posse a vereadora Edvanda Azevedo(PT). Enquanto os demais vereadores estavam na sede do Poder Legislativo, a petista participou da sessão da presidio feminino Desembargadora Auri Moura Costa.
A sessão foi transmitida pela página da Câmara Municipal no facebook e deixou a população bastante constrangida. Joverlane deu cumprimento a ordem judicial em que concedeu medida liminar para determinar a posse da vereadora que está presa desde o dia 18 de dezembro de 2020.
A parlamentar foi indiciada pela Polícia Civil e denunciada formalmente pelo Ministério Público, inclusive tornando-se ré em ação penal na Vara Única Criminal da Comarca de Quixadá. Pesa contra a vereadora a participação na chacina de Ibaretama no dia 26 de novembro de 2020, que resultou na morte de morte de sete pessoa, sendo uma criança de 6 anos.
A chacina foi resultado de uma disputa entre as facções Guardiões do Estado-GDE com a sua rival Comando Vermelho-CV. Sendo a segunda chefiada por Wanderson Delfino de Queiroz, vulgo “Interior”, além do líder, os filhos da vereadora, Kelvin Azevedo Lima e Victor Azevedo Lima, bem como seu irmão Edvan Lopes dos Santos Azevedo e o enteado Josenias Paiva Lima de Andrade estão presos preventivamente e todos os réus.
Versão da vereadora
A vereadora petista Edvanda Azevedo nega que tenha dado suporte aos membros da organização criminosa. Ela se diz inocente e promete provar na justiça e ao sair trabalhar honrando seus votos. Em sua fala chegar a dizer que não tem “vergonha do que aconteceu”, pois segundo garante não teve culpa.
Opinião da população
Nas ruas ou redes sociais a população não comenta o caso publicamente, mas em particular se diz envergonhada, “como alguém pode ser vereadora, nossa representante acusada deum crime tão chocante? É vergonhoso, mas é Brasil”, cita um morador pedindo que não cite seu nome em razão da alta periculosidade das pessoas envolvidas na chacina.
Decisão judicial
Na decisão da 1ª Vara Civil da Comarca de Quixadá a juíza determinou apenas a posse, sem direito aos salários de janeiro a julho, bem como após a posse. “Outrossim, não há de prosperar o pedido liminar para o restabelecimento do salário, nem receber os subsídios atrasados, em vista da vedação…”.
Pela decisão, a vereadora não receberá salário em razão da impossibilidade de exercer o cargo, entendeu a magistrada.
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