Quixeramobim. Quixeramobim foi o município da região do Sertão Central que mais registrou mortes em decorrência da pandemia provocada pelo coronavírus na última semana. As informações foram levantadas e compiladas pelo Revista Central com base nos dados fornecidos pela plataforma IntegraSUS, da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).
O IntegraSUS é a base de dados mais confiável de todo o estado relacionado aos números da pandemia. No entanto, quase sempre seus dados são divergentes daqueles que são apresentados diariamente pelos municípios em seus boletins diários na internet. Isso ocorre porque os dados da plataforma da Sesa podem demorar até 72 horas para serem atualizados. Por isso é certo que os números levantados possam estar sujeitos à alterações.
No levantamento compreendido entre o último domingo, dia 18 de abril, até o domingo passado (25), a região Central contabilizou 11 mortes. Quixeramobim teve quatro mortes contabilizadas, sendo a cidade com o maior quantitativo de óbitos. Em seguida aparecem Boa Viagem, Canindé e Milhã, cada uma com duas mortes no período. Pedra Branca teve apenas um falecimento por Covid-19. As demais cidades não registraram novas mortes.
A semana passada foi uma das mais graves em relação aos períodos anteriores da pandemia. Os números explodiram consideravelmente fazendo com que gestores dos municípios tomassem decisões mais rígidas, como foi o caso de Quixadá, onde o prefeito Ricardo Silveira decretou lockdown por nove dias, válido até o próximo domingo dia 2 de maio.
A proliferação do coronavírus no interior também tem sido a grande responsável por promover uma superlotação nos hospitais e nas unidades de pronto atendimento (UPA). Pacientes foram encontrados agonizando nos corredores em algumas cidades sem que houvesse leitos suficientes para atendê-los de forma adequada.
Mesmo assim o governador do Ceará, Camilo Santana, iniciou o processo de flexibilização das atividades econômicas desde segunda-feira (26). Escolas poderão voltar a funcionar de forma presencial, para alunos do 4º ao 9º ano, devendo continuar oferecendo o ensino na modalidade presencial. Barracas de praia, na Capital, poderão funcionar com limitação no atendimento de clientes.