Região Central: Um dado chocante, porem aguardado nos últimos dias, e bastante alertado pelos médicos e profissionais que enfrentam diariamente a pandemia na linha de frente: o total de leitos disponíveis na região do Sertão Central que compreende a 8ª Área Descentralizada de Saúde, zerou o estoque de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis. A informação foi confirmada pela plataforma IntegraSUS na noite desta terça-feira (30).
A 8ª Área Descentralizada de Saúde é formada por dez municípios da região Central: Banabuiú, Choró, Ibaretama, Ibicuitinga, Milhã, Pedra Branca, Quixadá, Quixeramobim, Senador Pompeu e Solonópole. Todas as UTIs disponíveis via central de regulação mais próximas destas cidades, estão ocupadas e não há nenhum leito livre.
No Hospital Regional do Sertão Central (HRSC) todos os 56 leitos de UTI que existem estão ocupados. Quem precisar de uma vaga por lá, terá que esperar nas unidades de saúde dos municípios onde o paciente esteja sendo regulado, ou ir para outras regiões, como a de Canindé e Tauá.
Além do esgotamento do número de leitos de UTI, os leitos de enfermaria disponíveis entre os hospitais da 8ª Área também já passaram de mais da metade de sua capacidade máxima. O IntegraSUS, atualizado na noite de ontem, mostrava que 67% dos leitos de enfermaria estavam ocupados.
A situação nos hospitais tanto da Região Central, como do Ceará é delicada. O sistema de saúde público do Brasil há dias que corre o risco de entrar em colapso. Os profissionais das unidades estariam se valendo de procedimentos alternativos para não deixar de atender mesmo aqueles casos mais graves.
No Ceará 92,85% dos leitos de UTI estão ocupados por pacientes em tratamento com os sintomas da Covid-19 e 78% dos leitos de enfermaria também estão ocupados. A maioria dos internados são os adultos, com idade entre 18 a 35 anos, conforme mostrou um levantamento feito pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).